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Covid-19: quase metade dos 200 milhões de vacinas foram usadas nos países ricos

Mais de 200 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus foram administradas em pelo menos 107 países e territórios, de acordo com um balanço divulgado neste sábado (20) pela agência AFP, com base em fontes oficiais. De acordo com a classificação do Banco Mundial, nove em cada dez vacinas são injetadas em países de renda alta ou média-alta.

Os Estados Unidos são o país que mais aplicou vacinas contra o coronavírus: 59,6 milhões de doses.
Os Estados Unidos são o país que mais aplicou vacinas contra o coronavírus: 59,6 milhões de doses. AP - Jae C. Hong
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O balanço mostra que cerca de 45% das doses das vacinas contra a Covid-19 foram injetadas nos países do G7: Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Japão, onde vive 10% da população mundial. 

Na sexta-feira (19), os líderes do G7 anunciaram que vão dobrar o apoio à vacinação contra o coronavírus, que chegará a US$ 7,5 bilhões, principalmente por meio do programa Covax, administrado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é levar doses suficientes de vacinas para países com menos recursos.

Cerca de 1,84 bilhão de pessoas - quase um quarto da população mundial - vivem em países onde ainda não começou a campanha de vacinação. Com base nessa escassez de imunizantes nas nações desfavorecidas, na última semana a Organização dos Estados Americanos (OEA) alertou que "nenhum país estará seguro até que todos estejam". 

Em resolução aprovada no Conselho Permanente, que reúne os 34 membros, o órgão destacou que vai depender de todo o planeta derrotar o vírus de forma "sustentável" e com "disponibilidade e distribuição de vacinas para todos".

Israel na liderança 

Israel é, de longe, o país mais avançado em vacinação, já que 49% de sua população recebeu pelo menos uma dose da vacina. Neste momento, um em cada três habitantes em Israel (33%) recebeu as duas doses necessárias.

Outros países superaram os 10% de população vacinada. São eles: Reino Unido (25%), Bahrein (16%), Estados Unidos (13%), Chile (12%) e Maldivas (12%).

Em termos de quantidade, os Estados Unidos são o país que mais aplicou vacinas (59,6 milhões de doses), à frente de China (40,5 milhões até 9 de fevereiro), Reino Unido (17,5 milhões), Índia (10,7 milhões) e Israel (7,1 milhões).

Os 27 países da União Europeia acumulam 26 milhões de doses, administradas a 3,8% da população. Malta (9,2%) está na liderança, enquanto França, Alemanha ou Espanha estão na média.

No entanto, esse número de vacinas administradas é inferior ao real, já que Rússia e China, não comunicam seus balanços oficiais há dez dias.

Mais de dez vacinas disponíveis

América do Norte, Europa, Israel e os países do Golfo optaram pelas vacinas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech (Estados Unidos/Alemanha) e Moderna (Estados Unidos). As doses da Pfizer/BioNTech também são administradas no Japão e na Nova Zelândia.

Grande parte da Europa também vacina com as doses sueco-britânicas AstraZeneca/Oxford, também usadas na Índia, Sri Lanka, Bangladesh ou Marrocos. A Índia também depende de uma vacina desenvolvida localmente, a da Bharat Biotech.

A vacina Sputnik V, do centro russo Gamaleya, é administrada na Rússia, Argentina, Venezuela, Irã e Argélia.

As duas vacinas chinesas desenvolvidas pela Sinopharm são usadas nos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Seychelles, Egito, Zimbábue ou Sérvia. A da Sinovac, no Brasil, Indonésia e Turquia. A empresa chinesa CanSino foi autorizada no México, mas ainda não é administrada.

A vacina americana da Johnson & Johnson é usada atualmente apenas na África do Sul. É a única vacina de dose única no mundo - as outras requerem duas injeções.

(Com informações da AFP)

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