OMS: corticoides podem reduzir em 20% risco de morte por coronavírus
Uma nota publicada nesta quarta-feira (2) pela Organização Mundial da Saúde destaca um estudo baseado em sete ensaios clínicos, em que tratamentos à base de corticoides reduziriam em 20% o risco de morte em casos graves de coronavírus.
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A OMS destaca o estudo que reagrupa diversos testes realizados com doses leves de hidrocortisona, dexametasona e metilprednisolona – moléculas da família dos glicocorticoides –, que foram inoculadas em pacientes internados em terapia intensiva, e que apresentaram respostas significativas.
Os resultados mostram que o tratamento reduz a mortalidade em quase um terço entre os pacientes que necessitam de respiradores e em cerca de um quinto entre os pacientes que requerem apenas oxigenoterapia. A taxa de sobrevivência é de cerca de 68% após o tratamento com corticoides contra 60% na ausência destas substâncias, especificam os autores da análise no comunicado.
Um dos autores do relatório, Jonatthan Sterne, professor de estatísticas médicas e epidemiológicas da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, destaca que os corticoides são medicamentos de baixo custo e prontos para o uso. Ele acrescenta que estudos semelhantes realizados no Brasil, Canadá, China, Espanha e Estados Unidos produziram praticamente os mesmos resultados em pacientes, independentemente da idade, sexo ou da duração de sua doença.
O relatório publicado no Journal of the American Medical Association confirma resultados revelados em junho passado que destacam a dexametasona como a primeira molécula capaz de demonstrar eficácia na redução da mortalidade entre os casos graves de Covid-19. Desde então, a dexametasona tem sido amplamente usada em unidades de terapia intensiva em diversos países.
"Esses resultados são claros e podem ser usados imediatamente em prática clínica", enfatizou Martin Landray, professor de medicina e epidemiologia da Universidade de Oxford. "Em pacientes com Covid-19 gravemente enfermos, corticosteroides de baixa dosagem reduzem significativamente o risco de morte."
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