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China apoia criação de comissão da OMS para investigar "resposta mundial" ao coronavirus

A China afirmou nesta sexta-feira (8) que apoia a criação de uma comissão liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar "a resposta mundial" ao novo coronavírus. A declaração foi feita após a forte pressão internacional, sobretudo por parte dos Estados Unidos e da Austrália, a favor de uma investigação sobre o surgimento da doença em Wuhan, em dezembro.

A sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra.
A sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra. AFP
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Pequim adiantou que quer a instalação da comissão "após o fim da pandemia". Outro ponto importante, destacou o ministério chinês das Relações Exteriores: não se trata de uma investigação direcionada especificamente para a China, e sim de uma avaliação sobre o conjunto de países do mundo.

A investigação deverá acontecer de forma "aberta, transparente e inclusiva", disse Hua Chunying, porta-voz do ministério. Ela afirmou que a iniciativa precisa ser validada pela Assembleia Mundial da Saúde da OMS ou seu conselho executivo, os dois principais órgãos da agência da ONU, sediada em Genebra.

Nas últimas semanas, vários países, como França, Alemanha ou Reino Unido, pediram ao governo chinês que demonstre mais transparência em sua gestão da epidemia. Outras nações, como Estados Unidos e Austrália, pediram uma investigação internacional na China sobre a origem do vírus. O presidente Donald Trump chegou a ameaçar Pequim com novas tarifas.

Com o aumento da polêmica, a OMS pediu na semana passada para participar das investigações chinesas sobre a origem do coronavírus. O governo chinês rejeitou inicialmente os pedidos, denunciando uma "politização" da crise de saúde.

Guerra comercial

Apesar das recentes trocas de farpas entre Washington e Pequim, os dois países demonstraram nesta sexta-feira uma atitude mais conciliadora na área econômica e afastaram os riscos de retomada da guerra comercial.

Os principais negociadores, o vice-premiê chinês, Liu He, e o representante para o Comércio americano, Robert Lighthizer, discutiram pelo telefone nesta sexta-feira pela primeira vez desde o início da pandemia. Eles se comprometeram a aplicar o acordo comercial preliminar assinado no início do ano entre as duas maiores potência econômicas mundiais, informou a agência oficial Xinhua.

O tratado foi anunciado em janeiro, após quase dois anos de guerra comercial com tarifas de importação. Mas logo depois, a cidade chinesa de Wuhan, berço da epidemia de Covid-19, anunciou o início da quarentena para conter a propagação do vírus.

Segundo o pacto, Washington deveria suspender os aumentos de tarifas e Pequim intensificar as compras de produtos americanos em US$ 200 bilhões durante dois anos, em relação aos números de 2017. Mas a pandemia, que paralisou a economia mundial, provocou dúvidas sobre a capacidade da China de cumprir com sua promessa.

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