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Catolicismo

Em missa de Páscoa, papa Francisco pede orações por vítimas de atentados no Sri Lanka

As celebrações de Páscoa no Vaticano foram abaladas pelos violentos atentados que atingiram pelo menos três igrejas e quatro hotéis de luxo no Sri Lanka, neste domingo (21). O papa Francisco exprimiu sua “tristeza” e disse estar próximo de “todas as vítimas de uma violência tão cruel”.

Papa Francisco acena para fiéis reunidos na praça São Pedro, neste domingo de Páscoa (21).
Papa Francisco acena para fiéis reunidos na praça São Pedro, neste domingo de Páscoa (21). REUTERS/Yara Nardi
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Pelo menos 207 pessoas morreram, das quais ao menos 35 eram estrangeiras, e mais de 450 ficaram feridas.  “Esses graves atentados levaram, precisamente hoje, dia de Páscoa, luto e dor a muitas igrejas e outros locais de reunião no Sri Lanka”, declarou o pontífice, após a tradicional bênção Urbi e orbi, a milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro.

“Eu gostaria de exprimir a minha proximidade afetuosa com a comunidade cristã, atingida enquanto ela estava reunida e em orações, e a todas as vítimas de uma violência tão cruel. Confio ao Senhor aqueles que faleceram tragicamente e rezo para todos os feridos e todos os que sofrem por causa desse acontecimento trágico”, completou o papa.

Punição "sem piedade

Já o arcebispo de Colombo teve um discurso mais duro sobre o drama, ao pedir ao governo do Sri Lanka que "puna sem piedade" os responsáveis pelos atentados. "Queria pedir ao governo que faça uma investigação sólida e imparcial para determinar quem é responsável por este ato e também que os puna sem piedade, porque apenas animais podem se comportar assim", declarou o arcebispo Malcom Ranjit.
Apesar das palavras firmes, ele convida a população a "não fazer justiça com as próprias mãos e a manter a paz e a harmonia neste país".  "Peço também aos que puderem que doem sangue para ajudar os que estão feridos", acrescentou o cardeal.

Conflitos no mundo

Além dos ataques no país sul-asiático, Francisco também orou pelo conflito na Líbia e pelos refugiados sírios. “Que as armas parem de ensanguentar a Líbia, onde, de novo, pessoas sem defesa morrem nessas últimas semanas e onde muitas famílias são obrigadas a deixar suas casas”, disse, antes de solicitar “diálogo” entre as partes que se opõem no conflito pela tomada da capital Trípoli. De sábado (20) para domingo (21), os combates se intensificaram.

Quanto à Síria, Francisco lamentou que o povo “seja vítima de um conflito que perdura e que pode nos deixar cada vez mais resignados e até indiferentes”. “É o momento de renovar o engajamento por uma solução política que responda às justas aspirações de liberdade, paz e justiça, que enfrente a crise humanitária e favoreça o retorno em segurança das pessoas deslocadas e as que se refugiaram em países vizinhos, principalmente no Líbano e na Jordânia”, ressaltou o papa.

A situação no Sudão também é acompanhada de perto pelo Vaticano. O pontífice pediu ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e ao líder rebelde Riek Machar a se comprometerem pela “reconciliação da nação”. Os dois se reuniram recentemente com o papa para um retiro espiritual de dois dias, ao final do qual Francisco disse esperar que “as hostilidades cessarão finalmente e o armistício será respeitado”. O papa então se ajoelhou e beijou os pés dos dois rivais.

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