Acessar o conteúdo principal
Síria/ataque

Série de ataques do grupo EI deixa mais de 150 mortos na Síria

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) matou mais de 150 pessoas, nesta quarta-feira (25), em ataques contra várias localidades no sul da Síria, em uma das piores ondas de atentados nos últimos meses em território sírio.

Explosões na cidade de Quneitra, na Síria
Explosões na cidade de Quneitra, na Síria (Foto: Reuters)
Publicidade

Este balanço de mortos é um dos mais elevados desde o início do conflito na Síria, em março de 2011, e o número não para de crescer à medida que novos corpos são achados nas aldeias atacadas pelo Estado Islâmico. Os ataques ocorreram na província meridional da Sureida, controlada pelo regime de Bashar Al-Assad. Os grupos do EI estão presentes em uma zona desértica, no nordeste da região.

Segundo a imprensa oficial síria, as forças do regime iniciaram uma contraofensiva para conter a ação dos extremistas. O Exército sírio realizou bombardeios aéreos contra o EI, que sofreu, até o momento 21 baixas entre seus combatentes, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Quatro homens-bomba explodiram seus cinturões na cidade de Suneida, informou o OSDH. Mais ataques suicidas aconteceram em outros povoados do nordeste da província de mesmo nome, Sureida. O grupo extremista conseguiu assumir o controle de três localidades.

Mais de 150 pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas nesta sucessão de atentados. Entre os mortos, há 62 civis e mais de 70 soldados do regime, segundo o OSDH. "Além dos atentados suicidas, os jihadistas atacaram vários povoados, invadindo as casas e matando seus moradores", acrescenta a ONG. A agência oficial de notícias Sana e a cadeia de televisão estatal confirmaram os mortos e feridos nesses ataques, mas não deram um número exato.

Poças de sangue

As imagens dos ataques divulgadas pela imprensa oficial nesta quarta-feira mostram um corpo em meio a poças de sangue. Segundo o OSDH, os ataques do EI são os mais violentos dos últimos meses na Síria, onde a organização jihadista sofre contínuas derrotas e controla menos de 3% do território.

Estes atentados acontecem quando o regime sírio já está no controle de 90% das províncias meridionais de Deraa e Quneitra, após sua devastadora ofensiva militar em junho. De acordo com a agência Sana, os atentados do EI tentam diminuir a pressão militar do Exército sírio contra os últimos jihadistas na província de Deraa.

Como informou na terça-feira o general François Parisot, comandante das forças francesas na coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra grupos jihadistas, os combates contra o EI em Deir Ezzor, um de seus últimos redutos no norte da Síria, ainda vão durar dois, ou três meses.

Mais de 350.000 pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em 2011, uma guerra que se intensificou com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos jihadistas.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.