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Japão

Chuvas causam mortes e retiram quase 2 milhões de japoneses de casa

De hora em hora aumenta o número de mortos nas enchentes no Japão. As chuvas torrenciais que afetam há quatro dias as regiões sul e oeste do país deixaram mais de 30 mortos, de acordo com as autoridades. Neste sábado (7), 1,9 milhão de japoneses receberam ordem de deixar suas casas.

Helicóptero realiza resgate de moradores que tiveram suas casas submersas pelas enchentes em Kurashiki, no sul do Japão.
Helicóptero realiza resgate de moradores que tiveram suas casas submersas pelas enchentes em Kurashiki, no sul do Japão. Kyodo/via REUTERS
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As tempestades bateram recordes em várias regiões (Hiroshima, Kyoto, Okayama, entre outras) e provocaram cheias excepcionais, deslizamentos de terra e inundações. Os danos causados se agravam a cada novo balanço das autoridades.O primeiro-ministro Shinzo Abe chamou a situação de "extremamente grave" e ordenou a mobilização de todos os meios possíveis para salvar vidas.

Muitos moradores ficaram presos, cercados pelas águas. A imprensa cita um balanço ainda maior de vítimas. O canal público NHK informou 49 mortos e 47 desaparecidos até o início da noite de sábado. Outros veículos locais também reportaram números similares de vítimas.

O município mais atingido foi o de Hiroshima. Segundo o canal de TV NHK, 23 pessoas teriam morrido na localidade. As províncias de Aishi e Okayama também foram muito afetadas.

Dificuldade de acesso às zonas rurais

Cerca de 48.000 integrantes das equipes de bombeiros, da polícia e das Forças de Autodefesa (o Exército japonês) foram mobilizados e enviados às áreas afetadas, mas enfrentam grandes dificuldades de acesso às zonas rurais. O serviço de meteorologia emitiu alerta máximo para várias regiões e advertiu para os ricos de danos ainda maiores.

As equipes de emergência trabalham para salvar os moradores refugiados nos telhados da casas. "Estamos em vigilância máxima", afirmou o serviço meteorológico, enquanto o governo estabeleceu uma célula de crise.

As chuvas superaram um metro em 72 horas em várias regiões. A agência meteorológica estimou que níveis como esses não eram alcançados há décadas. Após os deslizamentos de terra, várias casas desabaram, estradas e pontes ficaram destruídas e bairros inteiros inundados.

Muitos habitantes bloqueados em suas casas enviavam mensagens através das redes sociais pedindo por ajuda. "As crianças não conseguem subir no telhado. A temperatura do meu corpo caiu. Por favor, nos resgatem rápido. Ajuda", pediu uma mulher de Kurashiki, ao publicar uma foto de sua casa parcialmente inundada. Ela relatou que a água já estava entrando no segundo andar da residência.

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