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Armênia/eleição

Pachinian, líder da oposição armênia, é eleito primeiro-ministro

O líder da oposição na Armênia, Nikol Pachinian, foi eleito para o cargo de primeiro-ministro nesta terça-feira (8), depois de uma revolução pacífica contra a corrupção e o nepotismo na ex-república soviética. Milhares de partidários do ex-jornalista, que se tornou deputado, se reuniram na capital Erevan para comemorar a decisão.

Pachinian, eleito nesta terça-feira, é aplaudido no Parlamento
Pachinian, eleito nesta terça-feira, é aplaudido no Parlamento KAREN MINASYAN/AFP
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O Parlamento validou a eleição do premiê por 59 votos a favor e 42 contra, resultado da pressão popular que obrigou o dirigente histórico da Armênia, o ex-presidente e premiê Serge Sarkissian, acusado de corrupção, a deixar o poder. “Fizemos uma revolução em nosso país”, dia a jovem manifestante Karine. “O mundo inteiro vai nos respeitar”, acrescentou. A liderança nos protestos recentes transformou Pachinian em "herói" para muitos armênios, segundo o analista independente Ervand Bozoyan.

O Partido Republicano da Armênia, próximo de Serge Sarkissian, detém a maioria no Parlamento, mas diante da determinação dos manifestantes, apoiou a candidatura do deputado ao cargo de premiê. Esta foi a segunda votação no Parlamento armênio em oito dias sobre a candidatura de Pashinian, de 42 anos, que havia fracassado em 1° de maio.

Quando anunciou sua candidatura ao cargo de chefe de Governo, Pashinian multiplicou as demonstrações de força e reuniu, quase diariamente, seus partidários na Praça da República. Os apoiadores de Pashinian afirmam que Serzh Sarkisian, presidente da Armênia de 2008 a 2018, e o Partido Republicano não reduziram a pobreza e a corrupção no país, ao mesmo tempo que deixaram os oligarcas no controle da economia da ex-república soviética do Cáucaso, que tem 2,9 milhões de habitantes.

Depois que Sarkisian chegou ao poder, Pashinian passou à clandestinidade durante meses, antes de se entregar às autoridades. Ele foi detido, mas em 2011 ganhou a liberdade graças a uma anistia

Proximidade com a Rússia

Os protestos foram acompanhados com uma certa “desconfiança” por parte de Moscou, que considera a Armênia um aliado estratégico e tem inclusive uma base militar em seu território. A Rússia espera que o país continue sob sua influência e vê com cautela a mudança de dirigentes. Pachinian prometeu conservar as “ligações estreitas” com Moscou.

 

 

  

 

 

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