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Síria, Guta Oriental

Governo sírio retoma Guta Oriental após semanas de bombardeios

A Rússia, aliada ao regime de Bashar al-Assad, anunciou nesta quinta-feira (12) a reconquista total de Guta Oriental, uma zona rebelde perto da capital Damasco. O anúncio vem depois de semanas de bombardeios aéreos que destruíram a área. 

Um soldado do Exército Sírio faz sinal de vitória junto a uma bandeira russa próximo da entrada do campo de Wafideen, em Damasco, na Síria, em 12 de abril de 2018.
Um soldado do Exército Sírio faz sinal de vitória junto a uma bandeira russa próximo da entrada do campo de Wafideen, em Damasco, na Síria, em 12 de abril de 2018. REUTERS/Omar Sanadiki
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O exército russo afirma que a bandeira síria foi hasteada esta manhã nos edifícios de Duma, a principal cidade de Guta Oriental. A polícia militar russa também está no local, marcando o fim oficial do controle rebelde da cidade. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os principais comandantes do Jaich al-Islam já deixaram a cidade, incluindo o líder do grupo salafista Issam Bouwaydan, que está em uma área rebelde no norte do país.

A queda de Guta Oriental marca uma nova etapa na reconquista do território sírio pelo regime do presidente Bashar al-Assad, apoiado por seus aliados russos e iranianos. A ofensiva na região, que começou em fevereiro, foi marcada por intensos bombardeios que deixaram mais de 1.700 mortos. Além disso, no último sábado, um suposto ataque químico, atribuído a Damasco, deixou americanos, franceses e britânicos mais perto de uma possível resposta militar.

Na quinta-feira (12), a Rússia pediu que o ocidente pensasse seriamente nas consequencias de suas ameaças, afirmando que Moscou era contra uma escalada de violência. 

Segundo o Jaich al-Islam, foi por causa do ataque químico que o grupo concordou em evacuar a região. "Foi o ataque químico que nos levou a aceitar", disse Yasser Delwane, chefe do departamento político do Jaïch al-Islam.

Evacuações lentas

Enquanto isso, as evacuações continuam, mas o processo é lento. Os combatentes entregam suas armas e partem com suas famílias; alguns civis, que se recusam a permanecer em uma área tomada pelas forças pró-regime, também se juntam aos comboios. 

No passado, as Nações Unidas denunciaram essas evacuações como deslocamentos forçados de pessoas. No entanto, para o campo pró-regime, a recuperação total de Guta Oriental é uma vitória importante, conseguida após uma violenta ofensiva e muita destruição
 

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