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Síria

Milhares de civis fogem de ofensiva do regime sírio em Guta Oriental e Afrin

Milhares de civis fugiram nesta quinta-feira (14) do reduto rebelde de Guta Oriental, perto de Damasco, onde o regime sírio conseguiu retomar uma cidade-chave, Hammuriyé, em sua ofensiva lançada há um mês.

Sírios fogem de Afrin, na Síria, em 15 de março de 2018.
Sírios fogem de Afrin, na Síria, em 15 de março de 2018. REUTERS/Khalil Ashawi
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Ao mesmo tempo, outro êxodo acontecia no noroeste da Síria, onde 30 mil civis também fugiram desde quarta-feira (13) dos bombardeios turcos na cidade de Afrin, reduto dos combatentes curdos das Unidades de Proteção do Povo (YPG).

Sete anos desde o início do trágico conflito sírio, o regime de Bashar al-Assad, apoiado por seu aliado russo, parece mais do que nunca determinado a recuperar todo o território. Iniciada em 15 de março de 2011 com a repressão das manifestações pró-democracia, a guerra na Síria fez mais de 350 mil mortos e tornou-se mais complexa ao longo dos anos, com o envolvimento de potências estrangeiras.

Em 18 de fevereiro, o regime lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra o enclave rebelde de Guta Oriental, última fortaleza insurgente perto da capital. Depois de mais de três semanas de bombardeios, recuperou o controle de mais de 70% do reduto.

Neste período, cerca de 1.250 civis, incluindo mais de 250 crianças, foram mortos, enquanto mais dos 4.800 ficaram feridos, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Fuga “a pé, em carros ou motos”

No enclave cercado desde 2013, mais de 12 mil civis conseguiram fugir nesta quinta-feira de Hammuriyé e de outras localidades do sul, segundo o OSDH. Correspondentes da agência AFP confirmaram que milhares de pessoas fugiam a pé, em carros ou motos, através do corredor aberto pelo regime. "Hammuriyé está quase vazia", indicou um deles.

Mais tarde, o OSDH indicou que o Exército sírio, que entrou em Hammuriyé na noite de quarta-feira, conseguiu assumir o controle de toda a cidade "após a retirada dos rebeldes" do grupo Faylaq al-Rahman.

Ao mesmo tempo, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, advertiu que Moscou continuará a apoiar as forças de Damasco em sua ofensiva em Guta: "Continuaremos a lutar contra os terroristas, vamos vencê-los".

Em uma Síria em ruínas e fragmentada, a guerra continua em outra frente, no noroeste, onde a Turquia conduz desde 20 de janeiro, com a ajuda de rebeldes sírios, uma ofensiva contra o enclave curdo de Afrin, perto de sua fronteira.

Como em Guta, milhares de civis - mais de 30 mil civis, de acordo com o OSDH - fugiram nas últimas 24 horas dos bombardeios turcos na cidade de Afrin, capital do enclave de mesmo nome.

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