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China fechou 13 mil sites e 10 milhões de contas na internet desde 2015

A China fechou ou revogou as licenças de 13 mil sites desde 2015 devido a violações das regras estritas que regem o uso da internet no país, anunciou neste domingo (24) a agência oficial de notícias do governo chinês.

Chinesa utiliza internet em um cybercafé de Xanghai, na China.
Chinesa utiliza internet em um cybercafé de Xanghai, na China. Reuters/路透社
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Cerca de 10 milhões de contas de internet também foram fechadas para "violação de protocolos de serviço", ainda segundo a agência, provavelmente se referindo a contas de redes sociais.

"Essas ações têm um poderoso efeito dissuasivo", afirmou Wang Shengjun, o novo vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo da China. O controle rigoroso da internet aumentou desde a posse do presidente Xi Jinping, há cinco anos, apesar da indignação dos defensores da liberdade de expressão.

A China pode ter a maior população de usuários de Internet no mundo. Um relatório divulgado em outubro de 2015 pela ONG Freedom House afirma que, dos 65 países estudados, a China possuía uma das políticas mais restritivas da internet à frente mesmo de Irã e Síria.

“Grande Muro Eletrônico"

A internet local é enquadrada de forma drástica por um sistema ("o Grande Muro Eletrônico") que bloqueia as redes sociais do Facebook e do Twitter, o YouTube e o Google, bem como muitas mídias ocidentais.

As plataformas chinesas, como o site de microblogging Weibo ou as mensagens populares do WeChat, também são sujeitas à censura, e conteúdo considerado "sensível" vem sendo imediatamente excluído, e algumas buscas têm sido bloqueadas.

Pequim defende fortemente sua "exclusividade do cybersover" e justifica as várias formas de censura por imperativos de segurança nacional. Para contornar o bloqueio, os indivíduos podem usar "redes privadas virtuais", as  chamadas VPN. Esses programas podem ser encontrados na internet ou em lojas de aplicativos de smartphones online.

Recentemente, um tribunal da região autônoma chinesa de Guangxi, no sul do país, condenou um homem que vendeu esse tipo de software para contornar o bloqueio de sites a uma pena de cinco anos e meio de prisão.

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