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Síria

Assad nega uso de armas químicas e diz que regime não sofreu com ataque americano

O presidente sírio Bashar al-Assad garantiu que o poder de fogo de seu exército não foi afetado pelos ataques americanos contra uma base aérea no centro do país, em 7 de abril. Em sua primeira entrevista desde a ofensiva de Washington, o chefe de Estado também assegurou que não possui armas químicas.

O presidente sírio Bashar al-Assad fotografado em abril.
O presidente sírio Bashar al-Assad fotografado em abril. SANA/Handout via REUTERS
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"Nosso poder de fogo e nossa capacidade de atacar os terroristas não foram afetados por este ataque", garantiu Assad ao ser questionado sobre o primeiro ataque americano contra o seu regime desde o início do conflito. Durante a entrevista concedida nesta quarta-feira (12) em Damasco à agência de notícias AFP, ele rebateu as acusações de que seu governo teria sido responsável pelo ataque químico que causou dezenas de mortos em Khan Sheikhun.

O presidente sírio disse que desde 2013 seu país não usa mais esse tipo de artilharia. "Renunciamos a todo o nosso arsenal (...) E mesmo que possuíssemos tais armas, nunca usaríamos", insistiu.

"Para nós, trata-se de um evento 100% fabricado (...) Nossa impressão é que o Ocidente, principalmente os Estados Unidos, são cúmplices dos terroristas e que montaram essas histórias para servir de pretexto ao ataque" americano de 7 de abril contra uma base aérea, afirmou Assad.

O presidente sírio afirmou ainda que deseja uma investigação sobre o que aconteceu em Khan Sheikhun. "Vamos trabalhar (com os russos) para uma investigação internacional. Mas deve ser imparcial. Só iremos permitir uma investigação se, e somente se, for imparcial e com a participação de países imparciais para ter a certeza de que não será utilizada para fins políticos", disse ele.

Ataque fez 87 mortos, entre eles 31 crianças

O suposto ataque químico, cujas imagens das vítimas chocaram o mundo, causou em 4 de abril a morte de 87 civis, incluindo 31 crianças, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). 

"As únicas informações disponíveis para o mundo até o momento presente são aquelas publicadas pela facção da Al-Qaeda", assegurou o chefe de Estado sírio em referência ao grupo extremista islâmico Fatah al-Sham, que controla a cidade de Khan Sheikhun com os rebeldes.

O líder sírio também comentou a estratégia de Washington para tentar resolver o conflito em seu país. “Os Estados Unidos não são sérios (na busca) de qualquer solução política. Eles querem usar o processo político como um guarda-chuva para os terroristas", disse Assad, se referindo a um suposto apoio dos ocidentais aos rebeldes, que têm perdido terreno contra o regime.

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