Reunião entre Rússia, Turquia e Irã exclui EUA de discussão sobre a Síria
Um encontro entre os ministros do Exterior e de Defesa da Rússia, Turquia e Irã aconteceu esta terça-feira (20), em Moscou, para discutir uma saída política para o conflito na Síria. Essa reunião deixou de fora a diplomacia dos Estados Unidos, uma figura chave na guerra.
Publicado em:
Após a reunião o ministro, de relações exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que os países concordam que a prioridade na Síria é lutar contra o terrorismo e não a remoção do governo de Bashar Al-Assad. Um membro do ministério das relações exteriores da Turquia disse à Reuters que a reunião tenta entender os pontos de vista dos três lados e discutir os rumos da aliança. "O encontro não é um milagre, vamos dar a oportunidade para todos os lados falarem e serem ouvidos,” disse.
Com “todos os lados” ele se refere aos que estavam na reunião. Os Estados Unidos, país central no conflito, não foi convidado a participar, nem a ONU foi consultada. A razão, segundo o New York Times, é que o governo americano não possui o mesmo ponto de vista dos outros países. A Casa Branca é da opinião de que o ditador sírio, Bashar Al-Assad, seja retirado do poder, enquanto os outros desejam sua permanência.
Outra razão seria que os Estados Unidos estejam ajudando as forças curdas em solo sírio, o que não é bem viso pelo governo turco, que considera a milícia curda YPG, na Síria, um braço do Partido dos Trabalhadores Curdo da Turquia, o PKK, visto por Ancara como uma organização terrorista.
Ainda segundo o New York Times, o próximo governo americano, liderado pelo novo presidente Donald Trump, ainda não articulou uma política para a Síria, mas já deu sinais de que vai trabalhar junto com a Rússia para lutar contra o extremismo religioso, como o grupo Estado Islâmico.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro