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Síria/Aleppo

Síria: regime lança nova ofensiva em Aleppo com o fim da trégua humanitária

As forças armadas sírias lançaram uma nova ofensiva contra os bairros rebeldes em Aleppo neste domingo (23), com o fim da trégua humanitária que estava em vigor há três dias. A pausa para evacuar feridos havia sido decretada pela Rússia e o regime sírio.

Vue d'une route séparant les quartiers contrôlés par le régime de ceux investis par les rebelles, à Alep, le 20 octobre 2016.
Vue d'une route séparant les quartiers contrôlés par le régime de ceux investis par les rebelles, à Alep, le 20 octobre 2016. REUTERS/Abdalrhman Ismail
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A trégua não permitiu à ONU a evacuação de 200 feridos bloqueados nos bairros do leste da cidade desde julho pelo regime sírio e seus aliados. A organização, que pediu uma prorrogação do cessar-fogo até segunda-feira, alegou que as condições de segurança eram insuficientes.

Os oito corredores criados pela Rússia para permitir a evacuação dos habitantes e dos rebeldes que desejassem deixar a batalha não chegaram a ser utilizados, segundo o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane. As autoridades russas acusam os rebeldes de impedirem a retirada dos civis. Segundo o chanceler russo, Serguei Lavrov, os combatentes usaram “a força bruta” para bloquear os corredores.

Trégua curta

Pouco depois do fim da trégua, violentos combates explodiram entre as forças do regime e os rebeldes. Tiros de artilharia e ataques aéreos foram registrados em vários bairros da segunda maior cidade da Síria, à beira de uma catástrofe humanitária.

As quatro últimas semanas de intensos bombardeios do regime e da Rússia em Alleppo deixaram pelo menos 500 mortos e 2 mil feridos, segundo a ONU, provocando a destruição de diversas infraestruturas, inclusive hospitais. Aleppo é um objetivo crucial na guerra que está destruindo a Síria há mais de cinco anos e já deixou mais de 300 mil mortos.

O regime quer reconquistar o setor oriental da antiga capital econômica, que está na mão dos rebeldes desde 2012. O anúncio da ofensiva militar coincidiu com uma reunião internacional em Nova York para reestabelecer o cessar-fogo imposto por um acordo assinado em Genebra no dia 9 de setembro entre Moscou e Washington, que terminou oficialmente no dia 19. As forças sírias acusaram os rebeldes de violação.
 

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