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Turquia

Exército anuncia ter tomado o poder na Turquia

O exército turco informou ter tomado o poder na Turquia na noite desta sexta-feira (15). O que o primeiro-ministro, Binali Yildirim, qualificou de um ato ilegal, evitando, a princípio, mencionar a palavra golpe. O presidente Recep Tayyp Erdogan convocou a mobilização da população. 

Militares bloquearam um das pontes sobre o rio Bósforo, na Turquia
Militares bloquearam um das pontes sobre o rio Bósforo, na Turquia REUTERS/Stringer
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"O poder no país foi tomado em sua integralidade", destacou um comunicado militar lido na emissora NTV, sem dar mais detalhes. O site do exército não estava disponível no momento do anúncio. 

A televisão pública anunciou um toque de recolher e informou que a Lei Marcial entraria em vigor. Se a medida foi confirmada, o país passaria a ser regido apenas por leis militares.

Mais cedo, o premiê havia denunciado o que chamou de uma "tentativa ilegal" de ação por parte de elementos do exército turco, depois que pontes foram parcialmente fechadas em Istambul e caças sobrevoaram Ancara a baixa altitude.Tiros também teriam sido ouvidos nas ruas da capital.

"Estamos trabalhando com a possibilidade de uma tentativa [de ação ilegal]. Nós não vamos permitir esta tentativa", declarou Yildirim, por telefone, à emissora de televisão NTV, sem detalhar a natureza desta ação. "Aqueles que participam deste ato vão pagar um preço alto", garantiu o premiê. Mas segundo ele, não seria correto descrever esta ação como um "golpe".

Um pouco mais tarde o presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, se exprimiu por meio de um canal de televisão privado. Em uma transmissão feita por meio de um telefone celular, o chefe de Estado convocou a população a sair às ruas para se manifestar contra a ação dos militares.

Aeroporto de Istambul está bloqueado

A imprensa turca fazia alusão a "uma tentativa de golpe de Estado" e a emissora CNN-Türk reportou uma mobilização "extraordinária" em frente à sede do estado maior do exército. A TV mostrou, ainda, imagens de tanques mobilizados do lado de fora do aeroporto internacional de Istambul, o mesmo que foi alvo de um atentado em junho passado. 

Apesar da falta de informações exatas, a comunidade internacional já começou a se exprimir na noite desta sexta-feira. O chefe da diplomacia russa, Sergueï Lavrov, pediu que "confrontos mortais" fossem evitados, enquanto o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou que "os problemas da Turquia devem ser resolvidos respeitando a Constituição". Estados Unidos, França e Reino Unido pediram que seus cidadãos residentes na Turquia evitem sair de casa.

(Com informações da AFP)

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