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Israel/França

Israel se opõe a projeto francês de conferência de paz

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reafirmou neste domingo (15) sua oposição ao projeto francês de organizar uma conferência internacional pra relançar o diálogo entre israelenses e palestinos.

O primeiro-ministro francês Jean Marc Ayrault
O primeiro-ministro francês Jean Marc Ayrault REUTERS/Philippe Wojazer
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O chanceler francês, Jean Marc-Ayrault, esteve hoje em Jerusalém para discutir a iniciativa com Netanyahu e o representante palestino Mahmoud Abbas. Para o premiê israelense, o encontro ditaria os termos de um acordo de paz que visa o estabelecimento de um estado palestino na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza. “A única maneira de progredir é através de negociações diretas, sem condições”, declarou Netanyahu à imprensa depois do encontro.

O premiê israelense também questionou a imparcialidade francesa, criticando o voto do país na Unesco, favorável ao patrimônio cultural palestino no leste de Jerusalém, ocupado e anexado por Israel. Netanyahu criticou o fato do texto ignorar o templo na Esplanada das Mesquitas, ou citar rapidamente o Muro das Lamentações. Para ele, o documento da Unesco “nega a ligação histórica” entre os judeus e Jerusalém.

Conferência acontece dia 30 de maio

A França programou uma conferência internacional no dia 30 de maio em Paris para relançar as negociações entre Israel e a Palestina, mas sem a presença de seus representantes. O encontro deverá reunir o Quarteto para o Oriente Médio, formado pelos Estados Unidos, a Rússia, a União Europeia e as Nações Unidas, membros da Liga Árabe, do Conselho de Segurança da ONU e de cerca de 20 países.

A reunião vai listar as garantias oferecidas a israelenses e palestinos nos últimos anos por diferentes países, com o objetivo de retomar as negociações no outono europeu, depois de uma nova conferência internacional. A retomada do processo de paz no Oriente Médio foi interrompida em 2014, depois que Israel retomou a construção de assentamentos nos territórios ocupados.

Um dos principais pontos de divergência é que os palestinos exigem que Jerusalém seja a capital do futuro Estado, cujas fronteiras seriam delimitadas a partir do mapa de antes da guerra dos seis dias, em 1967.
 

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