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Turquia/Atentado

Erdogan cogita falhas do Estado após atentado na Turquia

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan saiu do silêncio três dias após o atentado que matou pelo menos 97 pessoas em Ancara. O líder cogitou a hipótese de falhas do Estado no episódio e anunciou uma investigação interna. Para ele, as origens do ataque estão na vizinha Síria.

Presidente turco Recep Tayyip Erdogan admite possíveis falhas da parte do Estado no caso do atentado de Ancara.
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan admite possíveis falhas da parte do Estado no caso do atentado de Ancara. REUTERS/Darren Whiteside
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Em sua primeira aparição pública desde o pior atentado na história do país, Erdogan informou que pediu esta investigação ao Conselho de Inspeção do Estado (DDK) "para fornecer uma perspectiva diferente". Segundo o presidente, "sem dúvida houve um erro, uma falha em algum momento. De que dimensão? Isso sairá após a investigação". O DDK é o organismo encarregado de verificar o bom funcionamento dos mecanismos do Estado, e recentemente investigou as circunstâncias controversas da morte, em 1993, do ex-presidente Turgut Ozal.

Há três dias Erdogan é alvo de duras críticas por parte de seus adversários, em particular a oposição pró-curda, que o acusa de ser responsável pelo massacre de sábado. O chefe do Partido Democrático dos Povos (HDP), Selahattin Demirtas, declarou que o presidente menosprezou deliberadamente a segurança dos partidários da causa curda em Ancara, quando se preparavam para se manifestar pela paz, momento em que as bombas explodiram. O opositor ambém acusou Erdogan de manter vínculos com os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).

Atentado de Ancara teria origens na Síria

O presidente turco disse que, "segundo os relatórios recebidos" pela Turquia, "este ataque terrorista teve suas origens na Síria", confirmando a tese avançada na véspera pelo primeiro-ministro Ahmet Davutoglu. O premiê designou na segunda-feira o EI como "suspeito número um" do atentado.

O vice-primeiro-ministro Numan Kurtulmus, porta-voz do governo, indicou que vários suspeitos foram detidos após o atentado de Ancara. Para ele, o crime de sábado em Ancara apresentava similaridades com o ataque que deixou 34 mortos em 20 de janeiro em Suruç, perto da fronteira síria.

A Turquia foi acusada durante muito tempo de ser complacente com os jihadistas do EI na Síria. Mas após o atentado de Suruç o governo islamita-conservador de Erdogan lançou uma série de ataques aéreos contra os jihadistas, e paralelamente contra os curdos na Síria.

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