Acessar o conteúdo principal
Israel/ palestinos

Grávida e criança palestinas são mortas em ataque israelense

A onda de violência na Faixa da Gaza não dá trégua. Uma palestina grávida e a sua filha de três anos foram mortas em um ataque israelense, neste domingo (11). Em outro local, na Cisjordânia ocupada, uma mulher explodiu uma bomba no veículo que dirigia, causando ferimentos graves em si mesma e leves em um policial israelense. Líderes internacionais expressam preocupação com o aumento da violência nos últimos dias no Oriente Médio.

Parentes de mulher e criança palestinas mortas choram ao verem os corpos das vítimas.
Parentes de mulher e criança palestinas mortas choram ao verem os corpos das vítimas. REUTERS/Suhaib Salem
Publicidade

Os disparos israelenses ocorreram no início da manhã. A aviação de Tel Aviv disse ter reagido a tiros de foguete interceptados no sábado pelo sistema antimísseis de Israel, no sul do país. O exército afirma que o alvo dos ataques deste domingo eram “dois porões de fabricação de armas do Hamas”, o movimento palestino armado. Até o momento, não há confirmação de um ataque inicial pelo Hamas.
Segundo fontes palestinas, Nour Hassan, de 30 anos, e a sua filha Rahaf, de 3 anos, foram atingidas e morreram. O sepultamento delas neste domingo pode gerar um aumento da mobilização do lado palestino.

Atentado a bomba evitado

Também hoje, uma motorista palestina de 31 anos detonou uma bomba após ser detida pela polícia israelense em uma área ocupada na Cisjordânia. Ela sofreu ferimentos e foi atendida em um hospital, e o policial teve ferimentos leves.

A porta-voz da polícia informou que a mulher gritou "Allah Hu Akbar" (Deus é grande) e detonou o explosivo. Inicialmente, as autoridades israelenses tinham informado que a mulher havia morrido, porém, divulgou uma retificação declarando que ela se feriu e está em estado grave. Este poderia ter sido o primeiro atentado a bomba contra Israel desde a retomada das hostilidades. O último data de novembro de 2012, em Tel Aviv.

O incidente ocorreu após uma semana repleta de ataques palestinos contra Israel, a maioria com armas rudimentares como facas e pedras, seguidos por uma forte repressão das forças israelenses. Quatro israelenses e 23 palestinos foram mortos em 11 dias de violência.

Preocupação dos ocidentais

Nesta manhã, o governo francês declarou que a escalada da violência nos territórios palestinos e no leste de Jerusalém é “extremamente perigosa”, e pediu às partes envolvidas para “fazerem de tudo para acalmar a situação”.

“Essa nova degradação da situação confirma a urgência de se recriar um horizonte político”, diz o comunicado divulgado pelo palácio do Eliseu. “A França trabalha nisso há meses e não vai medir nenhum esforço neste sentido.”

No sábado, Washington havia indicado “profunda preocupação” com os últimos acontecimentos. O secretário de Estado americano, John Kerry, conversou por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino, Mahmud Abbas.

Kerry telefonou separadamente para ambos dirigentes "para oferecer seu apoio a esforços para restabelecer a calma o quanto antes", informou um comunicado. O secretário de Estado reiterou "a importância de condenar com firmeza a violência e combater provocações, assim como dar os passos necessários para reduzir as tensões". Netanyahu e Abbas se acusaram mutuamente pela escalada de violência.

Com informações Reuters e AFP
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.