Um ano após conflito, situação humanitária em Gaza é preocupante

Esta quarta-feira (8) marca o primeiro aniversário do início da guerra em Gaza. A trégua que colocou fim ao conflito de 50 dias é respeitada, mas a situação humanitária no território palestino é preocupante, denunciam ONGs que atuam na região.

Um ano após o começo da guerra, as ruas de Gaza continuam destruídas para desespero dos moradores. REUTERS/Suhaib Salem

A ofensiva de Israel contra Gaza, a terceira em seis anos, foi lançada em 8 de julho de 2014, após várias semanas de tensão provocadas pelo assassinato de três jovens israelenses e de um adolescente palestino. Um cessar-fogo em 26 de agosto pôs fim ao conflito que matou mais de 2.200 palestinos, principalmente civis. Do lado israelense, foram 73 mortos, a grande maioria de soldados.

Um ano depois, os problemas que provocaram esse terceiro conflito com Israel permanecem, a começar pelo bloqueio a Faixa de Gaza que já dura nove anos e asfixia o território palestino. "Uma nova guerra pode ser inevitável", advertiu o responsável pela agência da ONU para os refugiados palestinos, Robert Tuner.

Doentes

A maioria dos 10 mil feridos durante o conflito, essencialmente mulheres e crianças, ainda precisam de cuidados médicos, alertou a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), que denuncia "uma ocupação israelense que priva os palestinos de futuro".

A MSF diz que a reconstrução do território não começou e que “70 estruturas de saúde foram parcial ou totalmente destruídas na ofensiva”. Além disso, 100 mil moradores de Gaza que tiveram suas casas danificadas continuam em abrigos precários.

Israel homenageou na noite de ontem (7) suas vítimas do conflito. O movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, comemora a data na noite de hoje.