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Iraque/Exército Islâmico

Iraque rompe cerco de jihadistas e retoma cidade

Apoiado por milhares de milicianos, combatentes curdos e bombardeios da força aérea norte-americana, as forças iraquianas conseguiram romper o cerco em torno da cidade xiita turcomena de Amerli neste domingo (31), garantindo uma das raras vitórias sobre os radicais do Exército Islâmico. Desde junho, os jihadistas controlavam diversos vilarejos vizinhos deste município localizado a 160 quilômetros ao norte de Bagdá.

Forças curdas e iraquianas comemoram a retomada da cidade de Armeli neste domingo (31).
Forças curdas e iraquianas comemoram a retomada da cidade de Armeli neste domingo (31). REUTERS/Youssef Boudlal
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Os soldados iraquianos conseguiram entrar em Amerli através de uma operação que envolveu três frentes, derrubando os jihadistas que haviam tomado a cidade há mais de dois meses. O coronel iraquiano Qassem Atta, porta-voz das forças de segurança, classificou a vitória contra o Exército Islâmico como “importante”. Segundo fontes médicas, dois combatentes curdos e 12 milicianos morreram nos combates.

Os Estados Unidos apoiaram a ofensiva terrestre com bombardeios aéreos perto de Amerli e da barragem de Mossul. Desde junho, os 20 mil habitantes de Amerli estavam cercados pelos radicais e foram privados de água, comida e medicamentos. No fim de semana, vários países lançaram por via aérea ajuda humanitária aos moradores.

Nesta segunda-feira (1°), a alguns quilômetros de Amerli, forças curdas e xiitas cercaram a cidade de Yankaja, onde também tentam realizar uma operação similar de retomada, com intensos ataques contra os jihadistas.

Alemanha envia armas ao Iraque

A Alemanha anunciou que irá enviar armas para equipar até 4 mil combatentes curdos que lutam contra os extremistas no Iraque. Foguetes antitanques, fuzis, granadas, binóculos de visão noturna e até barracas farão parte do pacote anunciado no domingo pela ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyden.

É a primeira vez desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, que a Alemanha envia equipamentos bélicos para uma região de conflito. A chanceler alemã, Angela Merkel, justificou que a situação é uma "exceção" devido à barbárie provocada pelo Estado Islâmico na região.

Reunião no Conselho de Segurança

O Conselho de Segurança da ONU debate hoje, em Genebra, a realização de uma investigação sobre as atrocidades cometidas pelos jihadistas do Estado Islâmico. Considerada urgente, a medida é apoiada pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e o Iraque.

Para o ministro iraquiano dos Direitos Humanos, Mohammed Shia al-Sudani, a organização representa um perigo para todos os países do mundo. “Este grupo terrorista deve ser julgado urgentemente devido a seus atos genocidas e crimes contra a humanidade”, defendeu, hoje, durante a reunião extraordinária em Genebra.

O Estado Islâmico é acusado de empreender uma limpeza étnica no Iraque, especialmente contra a minoria Yazidi, que nas últimas semanas se refugiou das violências dos extremistas nas montanhas do norte do país e sensibilizou a comunidade internacional. Além de protagonizar atos de extrema violência, os radicais sunitas tomaram uma parte do território sírio e iraquiano, onde proclamaram um califado no final de junho.

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