Air France e KLM param de sobrevoar o Iraque
As companhias aéreas Air France e KLM informaram nesta terça-feira (29) que seus aviões não estão mais sobrevoando o Iraque por razões de segurança. A medida visa evitar qualquer risco de ataque dos jihadistas do Estado Islâmico, o grupo extremista que tomou o controle de uma extensa área do território iraquiano.
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As duas companhias aéreas informaram que deixaram de sobrevoar o território iraquiano desde a última sexta-feira (25). “A segurança de nossos passageiros e tripulação é nossa prioridade”, declarou a porta-voz do grupo franco-alemão para justificar a decisão. Até a semana passada, os aviões da Air France-KLM, a segunda maior companhia da aviação civil europeia, evitavam sobrevoar apenas algumas regiões do Iraque.
A Emirates também se prepara para desviar seus voos do território iraquiano e deve evitar o espaço aéreo do país dentro de uma semana.
Acidente da Malaysia Airlines
As decisões foram tomadas depois que o avião da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, foi abatido no dia 17 de julho por um míssil, no leste da Ucrânia. Os ocidentais culpam os separatistas pró-russos, que controlam a região, pela derrubada do avião que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur.
As companhias aéreas internacionais temem uma tragédia parecida no espaço aéreo iraquiano. Desde junho, a impressionante ofensiva dos rebeldes jihadistas conseguiu controlar várias regiões do Iraque. O Estado Islâmico decretou um “Califado” no país. Uma investigação americana tenta descobrir se os combatentes islâmicos receberam da Síria mísseis capazes de abater aviões civis que cruzarem o espaço aéreo iraquiano.
A Organização da Aviação Civil Internacional, também conhecida pela sigla OACI, promove nesta terça-feira (29) um encontro no Canadá para discutir meios de proteger os aviões comerciais em zonas de conflito.
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