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Ucrânia/Rússia/Crise

Kiev afirma que mais 6 mil soldados russos desembarcaram na Crimeia

O ministro ucraniano da Defesa afirmou neste sábado (1°) que 6 mil soldados russos foram enviados à Crimeia. A região, que faz parte da Ucrânia, é formada por uma população de maioria russa e tem sido palco de tensões de grupos separatistas desde a destituição do presidente Viktor Yanukovitch. A comunidade internacional teme o aumento da violência e Washington alerta Moscou sobre possível intervenção militar.

O número de veículos militares russos transitando na região ucraniana da Crimeia aumentou, preocupando as autoridades de Kiev.
O número de veículos militares russos transitando na região ucraniana da Crimeia aumentou, preocupando as autoridades de Kiev. REUTERS/Baz Ratner
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De acordo com o ministro ucraniano da Defesa, Igor Teniukh, “a Rússia acrescentou 6 mil homens em suas tropas” na Criméia. Cerca de 30 veículos de guerra também teriam sido enviados por Moscou. A afirmação foi feita durante a primeira reunião do novo governo ucraniano em Kiev neste sábado.

Situada no sul da Ucrânia, a península da Crimeia abriga bases navais das forças da Rússia no Mar Negro, o que dá ao país vizinho o direito de transitar com suas tropas no território. No entanto, Moscou deve informar as autoridades de Kiev de suas operações com 72 horas de antecedência, e o procedimento não teria sido respeitado, segundo o chefe da diplomacia ucraniana, Andriï Dechtchitsa.

“A presença inadequada de militares russos na Crimeia é uma provocação”, declarou o novo primeiro-ministro ucraniano Arseni Yatseniuk. O premiê defende que a Rússia estaria tentando reproduzir o cenário de 2008 na Geórgia, quando uma operação militar foi lançada por Moscou contra as autoridades de Tbilissi nas regiões separatistas de Abkhazia e da Ossetia do Sul, onde a maioria da população também é de origem russa.

A Crimeia fazia parte da Rússia durante da União Soviética, mas foi integrada a Ucrânia em 1954. As tensões separatistas foram retomadas após a destituição do presidente ucraniano Viktor Yanukovitch do poder em fevereiro. Homens armados montaram postos de controle nas principais estradas e uma bandeira russa já foi hasteada no aeroporto de Simferopol, a capital da região.

Reações internacionais

A comunidade internacional está cada vez mais preocupada com a situação na Ucrânia. Em uma mensagem visando diretamente a Rússia, o presidente norte-americano Barack Obama já avisou que os Estados Unidos são contra qualquer tipo de intervenção militar no território ucraniano.

A chanceler alemã Angel Merkel e o primeiro-ministro francês Jean-Marc Ayrault também se disseram preocupados com os eventos recentes na Crimeia. Os dois chefes do governo europeus insistiram neste sábado na importância de se preservar a “integridade territorial” da Ucrânia.

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