EUA recomendam que cidadãos americanos deixem o Iêmen

A aeronáutica americana começou nesta terça-feira, 6 de agosto de 2013, a evacuar os funcionários americanos presentes no Iêmen, depois que os Estados Unidos recomendaram que seus cidadãos deixassem "imediatamente" o país devido à persistência de uma ameaça de "ataque terrorista".

Tropas aumentam a segurança na região da embaixada britânica em Sanaa, no Iêmen, no dia 5 de agosto de 2013. REUTERS/Khaled Abdullah

Em um comunicado, o Departamento de Estado americano informou que as organizações terroristas continuam muito ativas na Península Arábica, sobretudo no Iêmen. Os Estados Unidos também alertam para as atividades da AQPA, filial da rede terrorista Al Qaeda na região.

As autoridades americanas se dizem muito preocupadas com a possibilidade de atentados contra americanos residentes no Iêmen ou que estejam apenas visitando o país.

O ministro iemenita das Relações Exteriores, Abubakr Abdallah al Qirbi, criticou essas medidas, mas enfatizou que elas não afetariam a relação entre o Iêmen e os Estados Unidos.

"O Iêmen está levando essas ameaças a sério e tomou as medidas necessárias para proteger todas as representações estrangeiras no país", disse ele.

O Reino Unido anunciou ter retirado do país todo o pessoal de sua embaixada, que continuará fechada até nova ordem. Outros países ocidentais, incluindo a França, também fecharam provisoriamente suas representações diplomáticas no país.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados afirmou ter reforçado suas medidas de segurança no Iêmen devido à ameaça de atentados.

Nesta segunda-feira os Estados Unidos já haviam anunciado a decisão de prolongar o fechamento de 25 embaixadas e consulados em países do Oriente Médio e da África até o próximo sábado.

No final de semana passado, as autoridades americanas informaram ter interceptado mensagens que revelaram uma das mais graves ameaças terroristas contra o país desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Nesta terça-feira, quatro pessoas suspeitas de serem integrantes da Al Qaeda foram mortas em um ataque aéreo, provavelmente comandado pelo exército dos Estados Unidos, na região de Marib, a leste da capital Sanaa.

Os ataques com drones (veículos aéreos não tripulados) contra a Al Qaeda no Iêmen se multiplicaram nos últimos dez dias e fizeram um total de 17 mortos.