Confrontos entre grupos adversários no Egito provocam dezenas de mortes
Partidários e adversários do presidente deposto Mohamed Mursi se enfrentaram nesta sexta-feira em manifestações rivais. Os confrontos atravessaram a madrugada e provocaram a morte de pelo menos 75 pessoas no Cairo, sendo a CNN. A rede americana acrescentou que mais de mil ficaram feridas na capital. A Irmandade Muçulmana, partido de Mursi, acusa a polícia de ter executado mais de cem partidários islâmicos.
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As manifestações foram convocadas em todo o país pela Irmandade Muçulmana e pelo exército.
A segurança foi reforçada em todo o país, mas o forte esquema montado não evitou violentos choques em várias cidades. Em Alexandria, pelo menos cinco pessoas morreram em enfrentamentos nesta sexta, indicou uma fonte de segurança citada pela agência de notícias oficial Mena. Mais de 70 pessoas ficaram feridas, acrescentou a agência.
Já na capital Cairo, manifestantes dos dois grupos se enfrentaram a pedradas e com garrafas no início da tarde de sexta-feira no bairro de Choubra, depois que opositores de Mursi queimaram retratos do presidente deposto, segundo testemunhas.
A Irmandade Muçulmana denuncia o que chama de "golpe de Estado" por meio do qual, no dia 3 de julho, o exército depôs o primeiro presidente democraticamente eleito no Egito. No mês anterior, os egípcios, descontentes com o governo islâmico de Mursi começaram a ir às ruas para exigir a saída do presidente.
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