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Turquia/ Israel

Kerry tenta inserir Turquia em processo de paz no Oriente Médio, mas Israel descarta

O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou neste domingo a Tel Aviv para três dias de diálogos com os líderes israelenses e palestinos, com o objetivo de dar um novo estímulo ao congelado processo de paz. Antes, ele passou pela Turquia e tentou reaproximar o país dos israelenses, que rechaçaram qualquer participação de Istambul nas negociações.

Secretário de Estado americano, John Kerry (esq.), encontrou-se com premiê turco, Recep Tayyp Erdogan.
Secretário de Estado americano, John Kerry (esq.), encontrou-se com premiê turco, Recep Tayyp Erdogan. REUTERS/Kayhan Ozer/Turkish Prime Minister Press Office/Handout
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"Queremos que esta relação, que é importante para a estabilidade do Oriente Médio e inclusive crucial para que o próprio processo de paz volte à normalidade", declarou Kerry em uma entrevista coletiva ao lado do ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu. Porém horas depois, após o desembarque do americano em Israel, a ministra da Justiça do país, Tzipi Livni - responsável por uma avaliação das negociações com os palestinos - descartou que a Turquia possa desempenhar, pelo menos por enquanto, um papel ativo na retomada do processo de paz, como sugeriu John Kerry.

"O processo político deve acontecer de forma direta entre nós e os palestinos", declarou Livni, ex-ministra das Relações Exteriores, a uma rádio pública. Os diálogos estão congelados desde setembro de 2010. “Os dirigentes da região são importantes. Todo dirigente palestino que deseja negociar deve, é claro, receber o apoio dos países da região, mas por enquanto nós estamos totalmente implicados nos esforços para retomar as negociações diretas, enquanto os americanos tentam nos ajudar neste objetivo.”

Há 15 dias, sob pressão do presidente americano, Barack Obama, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas em nome de seu país pela morte de nove turcos em 2010, durante o ataque do exército israelense a um barco humanitário que tentava romper o bloqueio imposto a Gaza. O gesto melhorou as relações entre Israel e Turquia - dois aliados de Washington na região - mas até o momento a retomada das relações não foi oficializada. Na próxima semana estão previstas negociações sobre o pagamento de indenizações às famílias das vítimas turcas.

O chefe da diplomacia americana vai a Ramallah, na Cisjordânia, para uma reunião ainda neste domingo com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. Na terça, ele se encontra com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
 

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