Corte Suprema do Paquistão pede prisão de primeiro-ministro
A Corte Suprema do Paquistão, mais alta instância jurídica do país, exige nesta terça-feira a prisão do primeiro-ministro paquistanês, Raja Pervez Ashraf, suspeito de estar envolvido com mais quinze pessoas em um escândalo de corrupção envolvendo contratos energéticos ilegais.
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A Justiça suspeita que Ashraf tenha permitido irregularidades autorizando nove contratos de fornecimento de energia com empresas privadas, quando ocupava o cargo de ministro da Energia, após a eleição em 2008 do Partido do Povo Paquistanês (PPP), o mesmo do atual presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari.
O principal líder da oposição, Muhammad Tahirul Qadri, o Imran Khan, pediu a “demissão imediata” do presidente paquistanês e a realização de eleições gerais “livres e transparentes”. “O presidente deve se demitir imediatamente, pois ele acumula duas funções: a de chefe de Estado e a de líder do PPP”, declarou o chefe religioso nesta terça-feira, em uma conferência de imprensa em Lahore, no leste do país.
Na segunda-feira, milhares de pessoas mobilizadas por Imran Khan, antiga estrela do críquete, foram às ruas da capital Islamabad, para exigir o fim da “corrupção” e da “incompetência das autoridades”, a apenas alguns meses das eleições legislativas.
Ashraf se tornou primeiro-ministro em junho do último ano, substituindo Yousuf Raza Gilani, que deixou o posto devido a uma decisão da Corte Suprema, por ter se recusado a reabrir uma enquete de corrupção envolvendo o atual presidente paquistanês. O Paquistão, sexto país mais povoado do mundo, enfrenta há anos uma crise energética, que expõem o país a cortes cotidianos de eletricidade, já que a demanda local ultrapassa a produção interna de gás natural e energia elétrica.
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