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Síria/ conflito

Bombardeios não dão trégua na Síria e matam ao menos nove

A violência na Síria não deu trégua nem com a chegada do novo ano. Nas primeiras horas de 2013, forças do ditador Bashar al-Assad bombardearam a periferia de Damasco, matando pelo menos quatro civis. O balanço de vítimas em todo o país é de ao menos nove. Os rebeldes conseguiram se apoderar de um tanque de guerra utilizado pelo Exército e executaram os soldados que o tripulavam.

Criança caminha em campo de refugiados sírios em Mafraq, na fronteira com a Jordânia.
Criança caminha em campo de refugiados sírios em Mafraq, na fronteira com a Jordânia. REUTERS/Ali Jarekji
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Outros ataques também ocorreram em Idleb, Hama, Lattaquie, Homs, Deir Ezzor, Deraa e Aleppo. Em todo o país, o balanço de mortes em combates neste 1º de janeiro é de pelo menos nove pessoas. Ontem, o número de vítimas chegou a 134.

O aeroporto internacional de Aleppo foi fechado temporariamente por ataques dos rebeldes, que controlam grande parte da região e vários bairros da cidade. "Os opositores tentaram repetidamente atacar aviões civis, o que poderia causar um desastre humanitário", afirmou um funcionário do aeroporto que pediu anonimato.

As autoridades que administram o aeroporto, no entanto, anunciaram oficialmente que o fechamento foi decidido para trabalhos de manutenção na pista e em outras instalações. O funcionário disse que o aeroporto ficaria fechado durante um breve período, enquanto o exército trabalha para recuperar o controle das áreas próximas, onde muitos rebeldes estabeleceram sua base.

As forças de Assad têm contado cada vez mais com bombardeios, e não a infantaria. Áreas residenciais onde moram rebeldes têm sido atingidas, matando civis.

Há um ano, muitos analistas e diplomatas apostavam que Assad não chegaria ao fim de 2012, mas o presidente continua a manter controle sobre a maior parte das Forças Armadas. O Ocidente e países árabes defendem que Assad deixe o poder. Ele tem o apoio da Rússia e do Irã.

Nos últimos dias de 2012, o mediador internacional Lakhdar Brahimi fez um chamado por negociações, argumentando que a Síria tinha que optar "pelo inferno ou pelo processo político". O conflito na Síria, que em março completa dois anos, já deixou pelo menos 45 mil vítimas – 90% das mortes ocorreram em 2012.
 

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