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Egito/política

Presidente do Egito defende nova Constituição do país

O presidente egípcio, Mohamed Mursi, afirmou que a nova Constituição do país, aprovada em referendo mas que divide a população, garante a igualdade de direitos para todos. A declaração foi feita em um discurso no Senado que recuperou seus poderes legislativos com a entrada em vigor da Carta Magna.

Presidente Mohamed Mursi, durante discurso no Senado, neste sábado, 28 de dezembrop de 2012.
Presidente Mohamed Mursi, durante discurso no Senado, neste sábado, 28 de dezembrop de 2012. Reuters
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"Todos são iguais diante da lei e dentro dessa Constituição”, declarou o presidente Mursi em referência ao texto elaborado por uma comissão dominada por islâmicos como ele, e aprovada recentemente por um refererendo. Mursi prometeu “liberade para todos, sem excessão”.

Na votação realizada em dois dias, 15 e 22 de dezembro, onde apenas um terço dos eleitores compareceram às urnas, os egípcios aprovaram a carta Magna com cerca de 64% dos votos. A Constituição provocou uma série de manifestações reprimidas com violência entre adversários e partidários do presidente Mursi.

O texto entrou em vigor e devolve o poder legislativo ao Senado, que é dominado por islâmicos, enquanto o país prepara novas eleições legislativas previstas para dentro de dois meses.

A oposição acusa o novo texto de deixar caminho livre para uma influência crescente do islamismo na legislação e de não oferecer garantias aos direitos das mulheres e também à liberdade de expressão e de culto.

O presidente Mursi estima que a Constituição põe um fim aos dois anos de transição política no país, desde a queda do ex-ditador Hosni Mubarak, e por isso pediu que os esforços agora estejam concentrados em combater a crise econômica.

A situação do Egito se agravou com a queda da moeda nacional, a libra egípcia e com a suspensão de um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares do FMI devido a instabilidade política do país.“Indicadores globais da situação social e econômica monstraram progressos consideráveis”, afirmou o presidente.

Síria

Mohamed Mursi expressou também neste sábado seu apoio à revolta popular na Síria contra o regime de Bashar Al Assad, que segundo o presidente egípcio, não deve seguir no comando do país.

A prioridade do governo do Egito é terminar com os combates e o derramamento de sangue e contribuir para uma solução política como defendem os países árabes e a comunidade internacional.
 

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