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Síria/crise

Combates seguem em Aleppo após destruição de patrimônio histórico

Os combates violentos entre as forças governamentais e os opositores ao regime sírio não dão trégua e se intensificam principalmente em Aleppo, segunda maior cidade do país, onde bombardeios destruíram um velho mercado classificado como patrimônio da humanidade pela Unesco. Neste domingo, o exército sírio impede a entrada dos comerciantes no local para avaliar os prejuízos com a destruição.

Forças governamentais posicionadas nos arredores de Alepo.
Forças governamentais posicionadas nos arredores de Alepo. Foto: Reuters
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Uma parte do mercado, localizado no centro antigo de Aleppo, ficou completamente destruído após o exército disparar com armas pesadas contra os rebeldes que tentavam penetrar na área controlada pelos militares.
As lojas de portas de madeira e enfeitadas com tecidos e bordados foram rapidamente consumidas pelas chamas. Cerca de vinte conjuntos de lojas , que compõe o grande mercado coberto, chamado de souk, foram atingidos.

Moradores disseram que tiros continuam sendo ouvidos no local na manhã deste domingo. O exército também mantém hoje sua ofensiva contra outros bairros de Aleppo, alvo de confrontos violentos há dois meses. Pelo menos três pessoas morreram e várias casas foram destruídas hoje.

Segundo o Observatório sírio de Defesa dos Direitos Humanos, combates foram registrados na noite deste sábado para domingo nos arredores do aeroporto militar de Al-Nairab. Dois helicópteros teriam sido atingidos por tiros de morteiro.

Confrontos também continuam neste domingo nas regiões de Deera, no sul, Idlib, no noroeste, e Hama, no centro, e Deir Ezzor, no leste da Síria, alvos de artilharia pesada por parte do exército que busca desalojar os rebeldes.

Na província de Damasco, nove soldados morreram em um ataque contra uma barreira militar na rodovia de Qatana-Arné, à oeste da capital, de acordo com o Observatório sírio que recolhe informações de uma rede de testemunhas locais.

Na capital, corpos de 8 homens foram encontrados nas proximidades do hospital militar de Techrine, no bairro de Barzé. Eles tinham desaparecido no dia anterior durante uma operação militar no bairro.

Segundo o Observatório, a violência deixou pelo menos 118 mortos no sábado pelo país, sendo 48 civis.

Contatos

O representante em Damasco do emissário especial da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, se encontrou com o dirigente do Exército Livre da Síria na província de Homs, segundo informações divulgadas pela agência AFP citando uma fonte diplomática das Nações Unidas.

Mokthtar Lamani, chefe do escritório de Brahimi, em Damasco, viajou neste sábado à Homs e também a Talbissé, duas cidades vizinhas onde confrontos opõem o exército sírio aos rebeldes. Lamani se reuniu com o coronel Qassem Saadeddine, porta-voz do Exército Livre da Sírio além de outros representantes da maior força de oposição ao presidente Bashar Al-Assad, formada por combatentes e desertores do regime.
 

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