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Rússia/OMC

Após quase 20 anos de negociações, Rússia integra oficialmente a OMC

A Rússia integra nessa quarta-feira a Organização Mundial do Comércio. Ao se tornar o 156° membro da OMC, Moscou coloca fim em quase 20 anos de duras negociações. O país, que tem uma das maiores reservas de combustíveis naturais do mundo, ainda terá que rever suas tarifas alfandegárias durante os próximos três anos para se abrir totalmente para o mercado internacional. 

O presidente russo Vladmir Putin validou a adesão do país à OMC no final de julho.
O presidente russo Vladmir Putin validou a adesão do país à OMC no final de julho. Reuters
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A Rússia era a última grande potência mundial fora da Organização Mundial do Comércio. Mas para abrir o seu mercado, formado por mais de 140 milhões de consumidores, Moscou atravessou uma verdadeira saga de mais de 18 anos de difíceis negociações.

Os russos vinham tentando abrir suas fronteiras comerciais desde 1993, quando pediram, pela primeira vez, para aderir ao Acordo Geral sobre Tarifas Alfandegárias e Comércio (GATT na sigla em inglês), o dispositivo que deu origem à OMC. As negociações mais difíceis foram com os Estados Unidos - que duraram seis anos - e com a União Europeia - que só foram concluídas em 2010.

O processo também foi prolongado devido à guerra com a Geórgia em 2008, país que vetou a entrada de Moscou no grupo. Depois da validação de Bruxelas, o senado russo aprovou a adesão no começo de julho, mas o processo ainda dependia do acordo do presidente, assinado apenas no final de julho. A entrada na OMC foi extremamente criticada por alguns deputados comunistas russos, que chegaram a tentar vetar o processo. Eles temiam que o país fosse invadido por produtos mais baratos vindos do exterior.

Principal produtor de gás natural do mundo, além de deter a segunda maior reserva de carvão e a oitava fonte de petróleo do planeta, a abertura da Rússia para o comércio interessa vários países. Mas para se tornar o 156° membro da organização, Moscou deverá reduzir, a partir do início de setembro, as suas taxas alfandegárias. Os impostos passarão dos atuais 9,5%, em média, para 7,4% já no ano que vem, 6,9% em 2014, até alcançar os 6% em 2015. A medida deve estimular a concorrência e oferecer aos produtores estrangeiros um acesso mais fácil ao mercado russo.

Depois de Moscou, a OMC integra, ainda essa semana, o Vanuatu. Até o final de 2012, Laos e o Iêmen, que negociam sua adesão, também devem se reunir ao grupo.

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