Massacre resulta em 86 mortos na região síria de Hama

Um massacre na região síria de Hama resultou em quase uma centena de mortos nesta quarta-feira à noite. O Conselho Nacional Sírio (CNS) que acusa as milícias pró-regime e forças de segurança pela violência. Dezenas de mulheres e crianças estão entre as vítimas, mas os números não podem ser confirmados pela imprensa devido a dificuldade de acesso dos jornalistas ao local.  

Enterro coletivo dos mortos do massacre de Houla, na Síria, que resultou em 108 mortos no dia 25 de maio. REUTERS/Shaam News Network/Handout

De acordo com o diretor do Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, o massacre aconteceu após bombardeios nos vilarejos de Mazraat Al-Kabir e Maazarif, na região de Hama. Integrantes das forças do governo, os chabbiha, teriam invadido a cidade e assassinado seus habitantes com tiros e armas brancas. Vários corpos foram incinerados depois do incidente.

Tanto rebelião como o regime sírio se esquivaram da autoria da matança, ainda que um alto funcionário da Organização das Nações Unidas, tenha afirmado que as suspeitas caem sobre milícias do governo. O Observatório sírio dos Direitos Humanos exigiu que observadores internacionais se dirijam imediatamente para a região de Hama.

No dia 25 de maio, um massacre em Houla deixou 108 mortos, entre eles, 49 crianças e 34 mulheres. Este que foi um dos episódios mais violentos do país, mobilizou a comunidade internacional.