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Síria/ONU

Chefe de observadores da ONU encontra comandante rebelde em Homs

O general norueguês Robert Mood, chefe da missão de observadores da ONU na Síria, encontrou hoje pela primeira vez o comandante rebelde de Homs Abou Qouteiba, na cidade-símbolo da revolta popular contra o regime de Bashar al-Assad. O representante das Nações Unidas apresentou ao oficial desertor do Exército sírio os próximos passos da missão de observadores no país.

Em Idlib, crianças manifestam hostilidade a Bashar al-Assad com a mensagem "Fora" escrita no corpo.
Em Idlib, crianças manifestam hostilidade a Bashar al-Assad com a mensagem "Fora" escrita no corpo. REUTERS/Raad Al Fares/Shaam News Network/Handout
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A reunião aconteceu numa sala municipal no bairro rebelde de Khaldiyé. O comandante sírio estava vestido com o uniforme militar da época em que ainda servia as Forças Armadas e o regime alaouíta. Inicialmente, o general Mood apresentou as condolências das Nações Unidas pelos milhares de moradores mortos em Homs desde o início da crise política, em março do ano passado.

Chefe local do Exército Sírio Livre, Qouteiba relatou a Mood as violações cotidianas do cessar-fogo por franco-atiradores do regime. Enquanto conversavam, do lado de fora da sala, ouviam-se disparos de artilharia pesada e foguetes lançados pelos rebeldes contra posições das forças pró-Assad.

A missão de observadores da ONU na Síria deve ser ampliada este mês de 50 observadores presentes no território sírio para 100 boinas azuis, até chegar a 300 homens nos próximos meses. A missão tem poderes extremamente limitados, uma vez que os boinas azuis andam desarmados.

Apesar do desafio titanesco, em Genebra o porta-voz de Kofi Annan declarou hoje que havia "pequenos sinais" de respeito ao plano negociado pelo emissário especial da ONU e Liga Árabe.

Como acontece toda sexta-feira desde o início da mobilização pró-reformas, os rebeldes convocaram a população a manifestar contra o regime.

Ontem, as forças de segurança do regime invadiram o campus da Universidade de Alepo, segunda maior cidade síria no norte do país. Esquadrões abriram fogo contra os estudantes, matando quatro universitários que participavam de um protesto anti-Assad no campus da faculdade. Pelo menos 200 estudantes foram detidos.

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