França deve se abster de votação sobre a Palestina na ONU
Depois de apoiar a entrada da Palestina como membro pleno na Unesco, a França deve se abster caso haja uma votação sobre a questão no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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A diplomacia francesa anunciou nesta sexta-feira que o reconhecimento da Palestina como membro das Nações Unidas é praticamente impossível. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França, Romain Nadal, disse que o pedido “não tem nenhuma possibilidade de ser bem-sucedido” por causa da oposição explícita dos Estados Unidos que ameaça usar seu poder de veto para sepultar, de vez, a votação do Conselho de Segurança.
A França defende, porém, uma solução intermediária que concederia à Palestina o status de observador na ONU por meio de uma resolução da Assembleia Geral. Dessa forma, o processo não passaria pelo Conselho de Segurança.
O Reino Unido, membro permanente do CS, e a Colômbia, membro temporário, também deverão se abster. O negociador palestino, Saëb Erakat, solicitou que a França e os demais membros que anunciaram a abstenção reconsiderem essa decisão. Erakt também disse que tentará convencer os Estados Unidos a voltarem atrás na ameaça de veto. “Votar em favor da Palestina é votar pela paz”, disse. Mas, para os Estados Unidos, o reconhecimento oficial do Estado palestino passa pelas negociações com Israel.
Colonização
O negociador palestino disse também que deve prestar uma queixa formal no Conselho de Segurança contra as represálias de Israel. Depois da entrada da Palestina na Unesco, o governo israelense anunciou a construção de novos assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.
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