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Líbia/ Kadafi

Kadafi morreu com tiro na cabeça mas não foi executado, diz CNT

O ex-ditador líbio, Muammar Kadafi, morreu após receber um tiro na cabeça durante um confronto com rebeldes em Sirte, de acordo com o primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição, Mahmoud Jibril. O dirigente negou que o ex-presidente tenha sido executado e insistiu que não havia ordens para matá-lo. Em Angola, Dilma Rousseff diz que "não comemora a morte de qualquer líder".

População comemora morte de Kadafi nas ruas de Trípoli.
População comemora morte de Kadafi nas ruas de Trípoli. Reuters
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Conforme o relato de Jibril, Kadafi estava a bordo de um jipe em meio a um comboio que foi reparado pelos rebeldes, iniciando um tiroteio. “Ele saiu do carro e tentou fugir, se refugiou em um esgoto. Os rebeldes abriram fogo novamente e ele saiu, portando uma kalachnikov em uma mão e uma pistola na outra”, contou Jibril, em coletiva de imprensa em Trípoli, ao mesmo tempo em que lia um relatório médico sobre a morte do ex-ditador. “Ele olhou para a esquerda e para a direita e perguntou ‘o que está acontecendo?’. Os rebeldes abriram fogo mais uma vez, ferindo-o no ombro e na perna.”

De acordo com o presidente do CNT, depois disso o ex-ditador não apresentou mais resistência e foi levado para uma caminhonete dos insurgentes. “Quando o veículo começou a andar, iniciou-se mais um tiroteio entre os revolucionários e os guarda-costas de Kadafi, que o atingiu com uma bala na cabeça”, relatou, informando que o médico legista que examinou o corpo não determinou se a bala que o matou vinha dos insurgentes ou dos kadafistas. O presidente do CNT acrescentou que Kadafi morreu pouco antes de chegar ao hospital.

Os corpos do ex-presidente e de um de seus filhos, Muatassim, encontram-se em uma casa em Misrata, uma das cidades-símbolo da revolução líbia. A agência AFP realizou fotos do ditador, em que ele aparece sem camisa e com marcas de sangue no abdome e na cabeça.

Nas ruas das principais cidades da Líbia, a população festejou a morte de Kadafi com comemorações nas ruas, tiros para o alto, fogos de artifício, buzinadas e bandeiras do novo regime.

Brasil não festeja a morte
 

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, reagiu à morte de Kadafi afirmando que apoia as mudanças na Líbia, mas não festeja morte de ninguém. “Acho que a Líbia está passando por um processo de transformação democrática. Agora, isso não significa que a gente comemore a morte de qualquer líder que seja”, declarou Dilma a jornalistas brasileiros que acompanham a turnê da presidente na Africa.

Em Luanda, em Angola, ela acrescentou que “o processo democrático na Líbia deve ser apoiado e encorajado”, e que ela “fará todo o possível para que a reconstrução aconteça em um clima de paz”.

 

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