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Rússia/ naufrágio

Resgate localiza pelo menos 110 corpos em navio naufragado

Pelo menos 110 corpos foram encontrados presos no cruzeiro turístico naufragado ontem no rio Volga, na república russa de Tartária, no domingo. Na manhã de hoje, mergulhadores já retiraram os corpos de 41 vítimas. Os serviços de resgate não esperam mais encontrar sobreviventes, após 80 pessoas terem sido salvas do desastre.

Equipes de resgate russas tentam retirar corpos de navio naufragado.
Equipes de resgate russas tentam retirar corpos de navio naufragado. Reuters
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“Não há praticamente nenhuma chance de se encontrar sobreviventes”, declarou o porta-voz do ministério das Situações de Urgência, Irina Adrianova. Entre os mortos, há cerca de 30 crianças, conforme a polícia russa. De acordo com a polícia, o navio “Bulgária” levava 208 passageiros a bordo, mas tinha capacidade para apenas 120. Pelo menos 25 pessoas não possuíam bilhete para a embarcação.

As causas do naufrágio ainda estão sendo investigadas, mas as autoridades revelaram que acontecia uma tempestade no momento do acidente. A embarcação afundou em apenas oito minutos, a três quilômetros das margens do rio, de 20 metros de profundidade. O cruzeiro, de 80 metros de comprimento, se partiu em quatro pedaços, segundo as autoridades.

Cerca de 15 familiares de vítimas acompanham os serviços de resgate nas bordas do rio, muitos deles sobreviventes da tragédia. Uma delas, Natalia Makarova, afirmou que o navio não havia indicações sobre o que fazer em caso de emergência. “Não tinha informações sobre onde estavam os coletes salva-vidas”, contou. Ela conseguiu sobreviver depois de sair por uma janela da embarcação.

Outro sobrevivente, Nikolai Tchernov, testemunhou que dois navios passaram ao lado do naufrágio e não pararam para socorrer as vítimas, apesar dos apelos. Um terceiro barco se dirigiu até o local do acidente.
O Ministério russo dos Transportes declarou que o Bulgária, construído em 1955, havia passado por uma fiscalização em junho e estava apto a navegar. Especialistas ouvidos pela imprensa russa, entretanto, asseguram que o modelo é ultrapassado e resiste pouco tempo a águas profundas. Uma investigação por “violação das regras de segurança em matéria de transporte” foi instaurada.

A Rússia enfrenta regularmente acidentes marítimos e fluviais. O mais grave dos últimos anos ocorreu em 1986, quando o cruzeiro Admiral Nakhimov afundou com 1.259 pessoas a bordo, das quais 423 morreram.
 

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