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Camboja/Julgamento

Quatro ex-dirigentes do Khmer Vermelho começam a ser julgados

Teve início nesta segunda-feira em Phnom Penh o processo contra quatro ex-dirigentes do regime Khmer Vermelho, um dos mais violentos do século 20. O julgamento tem início mais de trinta anos após os massacres que mataram 1,7 milhão de cambojanos entre 1975 e 1979. O número de mortos representava na época um quinto da população do Camboja.  

O processo contra os quatro ex-dirigentes do regime Khmer Vermelho começou nesta segunda-feira em Phnom Penh.
O processo contra os quatro ex-dirigentes do regime Khmer Vermelho começou nesta segunda-feira em Phnom Penh. Reuters/Chor Sokunthea
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Os quatro ex-colaboradores de Pol Pot e dirigentes do regime Khmer Vermelho estão sendo julgados no Tribunal Internacional de Phnom Penh, instaurado com a participação da ONU. Eles devem declarar inocência dos crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio dos quais são acusados. Os ex-dirigentes Khmer Vermelho, hoje com mais de 80 anos, podem ser condenados de cinco anos a prisão perpétua, mas não à pena de morte que foi abolida no Camboja.

O processo, que pode durar anos, é considerado histórico e o mais importante desde Nuremberg, quando os principais dirigentes nazistas foram julgados apos a segunda guerra mundial. Ao contrário de outros julgamentos recentes por crimes contra a humanidade, como na ex-Iuguslávia ou Ruanda julgados em Haia, este processo é realizado no próprio país onde os massacres cometidos pelo regime do ditador marxista Pol Pot, aconteceram. Pol Pot morreu em 1998, aos 73 anos.

Até agora, um único dirigente Khmer Vermelho foi julgado e condenado pelo Tribunal Internacional. King Guek Eav, conhecido como Douch, que dirigiu uma prisão cambojana onde mais de 15 mil presos foram torturados e executados, foi condenado em 2010 a 30 anos de prisão, mas recorreu da decisão.
 

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