ONG acusa forças de Kadafi de usar bombas de fragmentação em áreas residenciais na Líbia

Rebeldes líbios avançavam neste sábado pelo oeste de Ajdabiya (leste do país) e em Misrata, onde ativistas humanitários acusam as forças leais a Muamar Kadafi de usar bombas de fragmentação em zonas residenciais. O regime do ditador nega as acusações feitas pela ONG Human Rights Watch.

Bandeiras líbias em manifestação contra Muamar Kadafi, em Berlim, Alemanha. Reuters

A ONG Human Rights Watch acusa as forças de Kadafi de terem lançado bombas de fragmentação contra áreas residenciais de Misrata. Esse tipo de armamento solta granadas que explodem em fragmentos, atingindo muitas pessoas ao mesmo tempo.

“De maneira nenhuma – nem moral, nem legalmente podemos fazer isso contra a população civil”, declarou Musa Ibrahim, porta-voz do governo a jornalistas. Para Ibrahim, são afirmações “surreais”, baseadas em testemunhos de rebeldes ou em telefonemas feitos pelos escritórios da HRW nas capitais europeias.

Forças leais ao líder líbio dispararam pelo menos cem foguetes Grad contra Misrata no sábado, disse um porta-voz rebelde, no terceiro dia de bombardeio pesado na cidade controlada pelos rebeldes. Segundo fontes médicas, mísseis disparados por forças leais a Kadafi mataram pelo menos seis pessoas e feriram mais de 20 na região de Ajdabiya, onde os rebeldes avançam em direção à cidade petroleira de Brega. Os insurgentes ganharam terreno na área após a OTAN ter intensificado os bombardeios contra as forças de Kadafi nos últimos dias.