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Palestina/ governo

Em meio a protestos na África, Palestina anuncia formação de novo governo

O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, apresentou a demissão de seu gabinete pela manhã e foi encarregado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, de formar um novo governo.

O primeiro-ministro palestino Salam Fayyad e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas nesta manhã em Ramallah
O primeiro-ministro palestino Salam Fayyad e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas nesta manhã em Ramallah Reuters
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Segundo comunicado oficial, a decisão visa responder às exigências dos palestinos diante das próximas eleições. Mas o objetivo é de reforçar a legitimidade da Autoridade Palestina diante das recentes quedas de regimes no Egito e Tunísia - aliados dos palestinos-, e após o vazamento de informações sobre negociações secretas com Israel.

No sábado, Mahmoud Abbas anunciou que até setembro serão realizadas eleições presidenciais e legislativas além das municipais previstas para 9 de julho. Desde novembro, Abbas já havia anunciado sua intenção de mudar o governo de Salam Fayyad, um economista de 58 anos, que segundo os países ocidentais, arrumou as finanças palestinas e melhorou a segurança na Cisjordânia.

O grupo Hammas, que controla a Faixa de Gaza, contesta as eleições convocadas pela Autoridade Palestina e também a legitimidade de Mahmoud Abbas, cujo mandato já expirou em 2009, mas continua no poder para não configurar um vazio institucional.

As próximas eleições só deverão ser realizadas na Cisjordânia porque o Hamas se recusa a fazê-las em Gaza e Israel proíbe qualquer atividade política na parte oriental de Jerusalém anexada e ocupada desde 1967.

Além da Palestina, o sucesso das revoltas populares na Tunísia e no Egito continuam influenciando outros países árabes. Nesta segunda-feira, manifestantes foram às ruas de Sanaa, capital do Iêmen, pelo terceiro dia consecutivo. Eles exigem a demissão do presidente Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos. Os protestos são organizados por jovens estudantes e por representantes da sociedade civil, como os advogados. A oposição parlamentar, que decidiu retomar o diálogo com o regime do presidente Saleh, não participou da manifestação. A polícia construiu barreiras para impedir os manifestantes de chegar a praça Tahrir, da capital iemenita. 

Já no Irã, a polícia ocupou em massa as ruas de Teerã para impedir a realização de uma manifestação pró-democracia e em apoio aos povos tunisiano e egípcio. Os policiais bloquearam o acesso à casa do líder da opopsição MirHossein Moussavi. O governo iraniano teme a retomada do movimento contra o governo, que em 2009 ganhou o país após a vitória contestada do presidente Mahmoud Ahmadinejad nas eleições presidenciais.

E em relação à Argélia, a ministra das relaçoes exteriores da França, Michele Alliot Marie, pediu hoje que as manifestações aconteçam livremente e sem violência . No último sábado, um protesto pedindo o fim do regime do presidente Bouteflika em Argel foi violentamente reprimido pela polícia e mais de 300 manifestantes foram detidos. A oposição argelina convoca uma nova manifestação para o proximo sábado.

 

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