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Flotilha/Faixa de Gaza

Turquia rejeita conclusão de comissão israelense sobre flotilha

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyp Erdogan, rejeitou neste domingo as conclusões de um relatório apresentado pela comissão israelense, justificando o ataque à chamada Flotilha da Liberdade, em maio de 2010. A ofensiva culminou na morte de nove turcos.

Exército israelense diante da flotilha pró-palestina, antes do ataque, em  31 de maio.
Exército israelense diante da flotilha pró-palestina, antes do ataque, em 31 de maio. AFP/Uriel Sinai
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Sem surpresa, a comissão de investigação inocentou o governo de Israel e considerou o ataque à flotilha de acordo com o direito internacional. Composta de 6 membros, incluindo dois observadores internacionais, a comissão foi criada pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netaniahu apenas para investigar se a ação militar tinha respeitado leis internacionais.

A comissão diz que o ataque à flotilha e também o bloqueio à Faixa de Gaza é legítimo para impedir a entrada de armas e terroristas na Faixa de Gaza, lembrando que milhares de foguetes são lançados do território palestino em direção ao estado judeu.

A comissão ressaltou a reação violenta dos militantes de uma ONG humanitária durante a abordagem e lamentou as mortes e os feridos, entre eles nove militares israelenses.

Benjamin Netaniahu comemorou o resultado da investigação. Disse ter ficado comprovado a necessidade do bloqueio à Faixa de Gaza e a ação dos soldados israelenses que, segundo ele, agiram em legítima defesa.

Sem credibilidade

A deputada árabe israelense, Hanine Zoabi, que estava a bordo da flotilha, disse que a comissão já começou comprometida desde o início de seu trabalho pela escolha dos dois juízes, dos observadores internacional considerados pore la como pró-israelenses e pelas perguntas feitas às testemunhas ouvidas.

Na Turquia, uma comissão de investigação acusou o recurso de Israel à força como um gesto excessivo e disproporcional. O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan disse que a conclusão da comissão israelense não tem credibilidade alguma.

O grupo Hamas, que controla da Faixa de Gaza e Ongs de direitos humanos israelenses disseram que Israel sofre de "cegueira moral e legal".

O país agora parece mais preocupado com a conclusão de um relatório da ONU sobre o ataque à flotilha humanitária.
 

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