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Tunísia/manifestações

Protestos contra o governo continuam na Tunísia e ameaçam turismo

Os tunisianos voltam às ruas para pedir a saída antecipada de Ben Ali, apesar da declaração do presidente de que não será candidato à reeleição. Os distúrbios ameaçam o turismo, um dos principais pilares econômicos do país.

Manifestações recomeçaram na Tunísia devido a insatisfação quanto ao desemprego e a uma grave crise social.
Manifestações recomeçaram na Tunísia devido a insatisfação quanto ao desemprego e a uma grave crise social. Reuters
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A União Europeia manifestou hoje satisfação com a decisão do presidente tunisiano, Ben Ali, de não disputar a reeleição ao final de seu mandato em 2014. Em nota oficial, a França também incentiva o presidente tunisiano a continuar na via da abertura política. O anúncio de Ben Ali, no entanto, não desmobiliza os manifestantes, que continuam pedindo eleições antecipadas. Na capital, os manifestantes marcharam pela principal avenida da cidade, nesta sexta-feira, sem a intervenção da polícia. A princípio eram dezenas, depois centenas, mas o número foi aumentando.

Autoridades da Bélgica pediram às agências de turismo nacionais para cancelar as viagens à região de conflito e repatriar seus cidadãos em férias. Uma medida de precaução para evitar que os turistas corram riscos. A filial alemã da britânica Thomas Cook anunciou que vai trazer de volta à Alemanha dois mil turistas ainda nesta sexta feira. As unidade belgas das agências Thomas Cook e Jetair anunciaram hoje o cancelamento de seus pacotes destinados à Tunísia até o fim do mês. Aviões foram fretados pelas empresas para transportar os turistas de volta à Bélgica, alguns a contragosto. Um deles, ao chegar ao aeroporto de Bruxelas nesta manhã, disse à rádio RTBF que não pediu para ser repatriado, mas foi obrigado a voltar. Ele estava de férias na cidade de Sousse e afirmou que as manifestações ontem eram pacíficas.

Os tunisianos contestam os níveis de corrupção no governo, o elevado desemprego e o aumento do custo de vida. Há 23 anos no poder, o presidente da Tunísia garantiu ontem que deixará o cargo ao fim do seu mandato, em 2014. Um jornal ligado ao governo que foi às bancas hoje traz o seguinte título: "Após o sangue e a desolação, júbilo e nova esperança".
 

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