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Acidente aéreo

Acidente com Boeing na Colômbia deixa um morto e 120 feridos

Pelo menos 1 pessoa morreu e outras 120 ficaram feridas em um acidente aéreo na Colômbia. Segundo fontes da polícia e da aeronáutica, o Boeing 737-300, da companhia colombiana Aires, foi atingido por um raio e se partiu em três, quando aterrissava na ilha de San Andrés, no norte do país.

Destroços do Boeing 737-300, da companhia Aires, no aeroporto de San Andrés,  na Colômbia.
Destroços do Boeing 737-300, da companhia Aires, no aeroporto de San Andrés, na Colômbia. REUTERS
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A aeronave havia decolado por volta das 7h, horário local, do aeroporto da capital Bogotá com 121 passageiros e 6 tripulantes a bordo. Entre os feridos, 5 estão em estado grave. Vários estrangeiros estavam a bordo, entre eles 4 brasileiros que saíram ilesos.

Segundo depoimento do piloto, faltavam apenas 80 metros para o avião atingir a cabeceira da pista quando o raio atingiu a aeronave, fazendo com que os passageiros ficassem "espalhados" pela pista. Ao todo, 34 passageiros foram levados para dois hospitais da região.

A torre de controle do aeroporto informou que a visibilidade estava reduzida no momento do acidente, em razão das más condições climáticas.

A companhia Aires foi criada em 1981 e opera voos regionais na Colômbia. Ela tem uma frota formada por 10 aviões da norte-americana Boeing, modelos 737-300, e 13 aviões fabricados pela canadense Bombardier, sendo 11 aeronaves modelo Dash8-200 e duas modelo Dash 8-Q400.

Raios

Os raios são uma ameaça constante para os aviões. Segundo a Agência Francesa de Estudos e Pesquisas Aeroespaciais,  em cada 1 mil horas de voo, um avião é atingido por um raio, o que significa que a mesma aeronave pode ser afetada uma a duas vezes por ano.

Os especialistas explicam, entretanto, que a estrutura das aeronaves, até então construídas basicamente de alúminio, são excelentes condutores elétricos e funcionam como uma espécie de "caixa de resonância". Os riscos mais comum são panes no sistema elétrico, mas após a reinicialização do sistema tudo volta a funcionar normalmente, segundo  explicou à agência France Presse, Vincent Favé, expert judiciário para acidentes aéreos.

Outro risco é que o raio perfure o avião, atingindo a mecânica. "Mas, nesse caso, o aparelho ainda pode continuar a voar", afirma. "O risco mais grave é o de que a descarga afete o sistema elétrico, com consequências nos equipamentos eletrônicos", epxlicou Favé.

Ele também alerta para o emprego de novos materiais. Cada vez mais utilizados pela indústria aeronáutica para diminuir o peso dos aviões e reduzir o consumo de combustível, materiais como fibras de carbono e resina podem aumentar o risco, "pois essas partes não metálicas têm menos capacidade de drenar o raio", afirma o expert.

Nos últimos 15 anos, somente três acidentes aéreos no mundo parecem ter sido causados por raios. No dia 17 de setembro de 1996, um bimotor caiu no sul da França após ser atingido por uma descarga elétrica. No dia 22 de junho de 2000, um avião da companhia aérea chinesa Wuhan Airlines atravessou uma violenta tempestade e caiu sobre um barco, matando 42 pessoas. E, finalmente, o acidente com o Boeing 737-800 da Kenyn Airlines, no dia 5 de maio de 2007, também parece ter sido causado por um raio.  No total, 114 pessoas morreram.

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