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Ira x Estados Unidos

Barack Obama promulga sanções unilaterais contra o Irã

As sanções americanas atingem principalmente o abastecimento de combustível e instituições bancárias ligadas à Guarda Revolucionária iraniana.O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assina hoje, em Washington, o projeto de sanções unilaterais contra o Irã aprovado, na semana passada, pelo Congresso americano.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Reuters
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A nova lei americana reforça medidas de retaliação econômica e aposta no corte de abastecimento de combustível ao Irã, já que o governo de Teerã não possui muitas refinarias e importa a maior parte do petróleo consumido no país. As sanções americanas atingem principalmente empresas que fornecem gasolina, além de instituições bancárias ligadas à Guarda Revolucionária Iraniana, ao programa nuclear ou a supostas atividades terroristas. As empresas que insistirem nos negócios com o Irã serão impedidas de usufruir do sistema financeiro americano, de efetuar transações bancárias e imobiliárias. O objetivo é pressionar o Irã a desistir de seu polêmico programa nuclear, que esconde a intenção de fabricar a bomba atômica, segundo as potências ocidentais.

Para os Estados Unidos, é necessário aprovar medidas mais rígidas contra o regime iraniano além da quarta rodada de sanções adotadas, em 9 de junho, pelo Conselho de Segurança da ONU. O Brasil e a Turquia, que assinaram um acordo para troca de combustível nuclear com os iranianos no dia 17 de maio, votaram contra as sanções da ONU.

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Patricia Campos Melo, correspondente da RFI em Washington

Em visita a Teerã, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, evocou a possibilidade de exportar etanol para o Irã, mas os americanos "desaconselharam" que o governo brasileiro levasse a iniciativa adiante.

Nesta quinta-feira, o governo iraniano enviou uma carta aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU dizendo que as sanções "não vão impedir o país de dar continuidade ao seu programa nuclear, que é pacífico, e reforça a vontade dos iranianos de desenvolver ainda mais a tecnologia nuclear", diz o texto, que considera as medidas "injustas e ilegais".

A carta, segundo o chanceler Manoucher Motakki, foi enviada separadamente aos ministros das Relações Exteriores dos países membros. O Irã também agradece ao Brasil e à Turquia pela resistência às pressões políticas e pelo voto contrário às sanções. O chanceler iraniano ainda afirma que "as armas atômicas não têm seu lugar na doutrina militar e de defesa do Irã."

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