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Vaticano divulga diretivas para investigar suspeitas de abuso sexual na Igreja

A pedido do papa Francisco, o Vaticano divulgou nesta quinta-feira (16) para seus religiosos normas que devem ser adotadas em caso de suspeito de abuso sexual de menores dentro da Igreja Católica.

Papa Francisco saúda os fiéis, em 21 de junho de 2020
Papa Francisco saúda os fiéis, em 21 de junho de 2020 AFP
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Os documentos constituem "um instrumento" destinado a ajudar as autoridades locais da Igreja na "delicada tarefa de investigar corretamente os casos" envolvendo os religiosos, quando eles são acusados de agressões em menores, explicou em um comunicado o cardeal espanhol Luis Ladaria Ferrer, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. 

O papa Francisco fez da luta contra as agressões sexuais na Igreja Católica uma das prioridades de seu pontificado. Ele convocou em fevereiro de 2019 uma cúpula inédita reunindo 114 presidentes de conferências episcopais. Na ocasião, ele se comprometeu a divulgar "diretivas uniformes para a Igreja", com referências legais em vigor no plano civil e canônico.

Formulário

Os documentos publicados nesta quinta-feira não propõem novas regras, nem substituem a Justiça da Igreja Católica e o procedimento judicial aplicado ao clero, esclarece o Vaticano, que também redigiu um formulário que deve ser preenchido em caso de delito. 

O responsável deverá informar a identidade do padre suspeito, a data da ocorrência e os nomes das vítimas, as medidas tomadas pelas autoridades eclesiásticas e, em caso de procedimento penal, o nome do procurador e dos advogados designados.

A instituição gerencia há vários anos uma onda de revelações sobre agressões de membros pedófilos, cometidas durante décadas por padres ou outros religiosos e acobertadas pela sua hierarquia em diferentes países, principalmente nos Estados Unidos, no Chile ou na Alemanha. 

Desde que vieram à tona os primeiros escândalos, há cerca de 35 anos, a hierarquia da Igreja Católica tomou uma série de medidas preventivas, aprovou leis, pediu perdão e liberou sentenças, mas sem conseguir fazer desaparecer a chamada "cultura do acobertamento", ou seja, de manter tudo em sigilo.

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