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Crise global do coronavírus: a vez da Alemanha entrar em recessão

A Alemanha vê sua economia desacelerar por causa da pandemia do coronavírus, embora esteja se saindo melhor do que seus parceiros na zona do euro.

A chanceler Angela Merkel em Berlim, 13 de maio de 2020.
A chanceler Angela Merkel em Berlim, 13 de maio de 2020. Kay Nietfeld/Pool via Reuters
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A Alemanha, a maior economia europeia, sofreu uma queda de 2,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, entrando oficialmente em recessão, de acordo com o balanço divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Destatis, o Instituto Alemão de Estatística.

No entanto, o país comandado por Angela Merkel está se saindo melhor que o resto da zona do euro, onde o impacto do coronavírus é mais brutal, com uma queda no PIB de 3,8% no primeiro trimestre, de acordo com o Eurostat, Instituto Europeu de Estatísticas.

Rumo a uma contração de 10% no PIB em um ano

Para os alemães, foi um choque. Eles não experimentavam uma queda tão grande no seu PIB desde a crise financeira global de 2008.

Trata-se do segundo pior resultado desde a reunificação do país, em 1990. "Agora sabemos oficialmente quanto custa o isolamento social: cerca de 1 a 2%, por semana ”, analisou Jens-Oliver Niklash, economista da LBBW.

E isso é provavelmente apenas o começo. A crise deve afetar a economia alemã de maneira muito mais violenta no segundo trimestre. Para o período entre abril e junho, os analistas prevêem uma contração do PIB em 10%, ao longo de um ano. Para 2020 como um todo, o governo, por sua vez, espera uma recessão em torno de 6,3%.

Os setores mais afetados são o turismo, o de fabricantes de automóveis (97% de carros produzidos a menos em abril em relação ao mesmo período do ano passado), o transporte aéreo e a indústria.

As exportações alemãs estão paradas. A companhia aérea Lufthansa está perdendo € 1 milhão por hora devido à queda no tráfego aéreo, e a empresa  número 1 mundial do turismo - TUI - está prestes a cortar 8.000 empregos.

Enquanto aguarda uma esperada recuperação em 2021, mais rápida do que em outras partes da Europa, Berlim abandonou seu rigor orçamentário habitual e anunciou, para lidar com a crise, um empréstimo colossal e um plano de ajuda direta às empresas de €  1,1 trilhão.

(Com AFP)

 

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