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Médico alerta para risco de retorno ao confinamento na França

Um dia depois do governo francês flexibilizar as medidas de confinamento no país, um sindicato francês teme que o desrespeito às medidas de prevenção contra o coronavírus obrigue as autoridades a tomar novamente medidas restritivas.

Franceses voltaram às ruas com o fim do confinamento
Franceses voltaram às ruas com o fim do confinamento AFP
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As imagens de dezenas de pessoas juntas no canal Saint-Martin, um dos pontos mais badalados da capital, nesta segunda-feira (11), é motivo de preocupação para os especialistas. Segundo o presidente do sindicato de médicos MG France, Jacques Battistoni, os franceses deverão ser prudentes nas próximas semanas: o risco de o governo ter que voltar atrás na flexibilização do confinamento é real.

"Era previsível que as pessoas tivessem vontade de se ver e retomar um pouco a liberdade perdida durante quase dois meses.  Mas era importante sinalizar que se todos voltarem a se encontrar como antes, estarão correndo um verdadeiro risco", declarou o especialista em entrevista à rádio France Info, sobre a intervenção dos policiais no canal Saint-Martin e a proibição do consumo de álcool na beira do rio Sena.

De acordo com ele, se muitas cenas como se essa se tornarem banais, a situação pode voltar a ser como no início de março, quando o número de casos explodiu na França. Na opinião de Battistoni, para reabrir os parques e jardins da capital, medida que é defendida pela prefeita Anne Hidalgo, é preciso começar progressivamente e criar regras de acesso, para evitar a propagação.

Dentro de duas ou três semanas, os franceses, principalmente que vivem em Paris, vão saber se a flexibilização do confinamento funcionou e o governo poderá decidir relaxar algumas restrições, como a liberdade de movimento - hoje o limite é de 100 quilômetros do domicílio. Segundo ele, o uso da máscara é essencial e continua sendo a medida mais eficaz, já que a distância de um metro ou um metro e meio às vezes é difícil de ser respeitada.

Um pouco de ar para os franceses

O presidente da Federação dos Médicos da França,  Jean-Paul Hamon, também ouvido pela France Info, acredita que, apesar do risco, é preciso "dar um pouco de ar para os franceses." Para isso, respeitar as regras é essencial, assim como manter a distância e promover o uso das máscaras, mas, segundo ele, proibir o consumo de álcool é um exagero.

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