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Linha Direta

Em sua primeira visita à Colômbia, Dilma busca aproximação econômica e comercial

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Em meio a uma crise política no Brasil, a presidente Dilma Rousseff faz nesta sexta-feira (9) sua primeira visita de Estado à Colômbia. O objetivo do encontro entre o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e a chefe de Estado brasileira será estabelecer acordos de aproximação econômica e comercial entre as duas maiores economias sul-americanas.

Presidenta Dilma Rousseff recebe o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos em foto de arquivo (Brasília, 2014).
Presidenta Dilma Rousseff recebe o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos em foto de arquivo (Brasília, 2014). Roberto Stuckert Filho/PR
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Por Mariana Clini Diana, correspondente da RFI em Bogotá

A visita de Dilma Rousseff já era esperada pelo governo colombiano na última segunda-feira (5), porém foi adiada depois que a presidenta anunciou uma reforma ministerial, com o corte de 8 ministérios e a redução do salário de alguns cargos políticos.

Nesta sexta-feira, a presidente se reunirá em um café da manhã com representantes de empresas brasileiras, que entre elas Gerdau e Votorantim. Depois, iniciará sua agenda de acordo com os protocolos da Colômbia. Encontrará a chanceler María Ángela Holguín na Quinta de Bolívar, lugar emblemático da cidade.

Em seguida, Dilma se reunirá com Juan Manuel Santos na casa presidencial, o Palácio de Nariño. Os dois líderes farão uma reunião privada, e depois darão declarações para a imprensa. Depois a presidenta visitará a Corte Suprema colombiana, e finalizará seu dia fazendo uma declaração no encerramento do Fórum Empresarial Brasil – Colômbia.

Relações comerciais estratégicas

Para o Brasil, a Colômbia representa um parceiro comercial estratégico. O PIB do país cresce acima da média dos países da América do Sul, e também se caracteriza por apresentar taxas de importação crescentes. Porém, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria do Brasil, as exportações para a Colômbia, entre 2006 e 2014, caíram de 8,7 para 3,7%. Em outras palavras, é um mercado em expansão que o Brasil pretende recuperar. Da mesma forma, as exportações da Colômbia para o Brasil também representaram uma queda de 9,3% de 2014 para 2015.

Porém, não são apenas interesses comerciais que estarão em discussão. Os dois países possuem uma relação próxima, e algumas reuniões para aproximação já foram feitas este ano, com a participação dos ministros do exterior, do comércio e desenvolvimento agrário.

Programas de cooperação

As duas nações também possuem uma relação de cooperação social, como o programa de Bancos de Leite, que o Brasil fornece conhecimentos técnicos e treinamento de profissionais para prevenir a mortalidade infantil.

A Colômbia, apesar de ainda não ter finalizado seu conflito interno, já efetua programas para uma etapa de pós-conflito. Em uma delas, o Brasil participa com iniciativas nas áreas de desenvolvimento rural territorial, agricultura familiar e assistência técnica e extensão rural. O Brasil também contribui, juntamente com a Organização dos Estados Americanos, no fornecimento de conhecimento militar para o combate às minas terrestres, considerando que a Colômbia é o segundo país com maior número de afetados por minas terrestres do mundo.

Dilma é a primeira chefe de Estado a fazer uma visita à Colômbia depois dos anúncios de 23 de setembro referentes ao acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e ao prazo para finalizar o conflito colombiano. A presença da chefe de Estado brasileira significa um apoio ao momento que enfrenta o país vizinho.

Resultados esperados

Espera-se que sejam assinados acordos em diversas áreas, como facilitação de investimentos, comércio automotivo, agricultura e segurança alimentar, educação e pesquisa científica.

Segundo o Planalto, um dos assuntos que será discutido entre os dois líderes será o Acordo de Complementação Econômica nº 59 (ACE 59). O Brasil pretende antecipar o cronograma de redução progressiva nas tarifas de importação até chegarem a zero, com a intenção de estimular o comércio bilateral entre os dois países.

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