Japonês e canadense ganham o Nobel de Física por descoberta de massa nos neutrinos
A Academia de Ciências da Suécia concedeu nesta terça-feira (6) o prêmio Nobel de Física ao japonês Takaaki Kajita e ao canadense Arthur McDonald. Os dois cientistas descobriram que a partícula elementar neutrino, uma das mais abundantes no universo, como o próton e o elétron, sofre oscilações e tem massa.
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Por ser muito pequeno, o neutrino é difícil de ser detectado, a ponto de ser comparado com um fantasma. Ele intriga os cientistas desde os anos 60. Como o próprio nome indica, o neutrino tem carga elétrica neutra e, até pouco tempo atrás, se acreditava que ele não tinha massa. O neutrino é produzido pela radioatividade natural dos seres vivos e também pode ser obtido em reações nucleares nas estrelas.
De 10 bilhões de neutrinos que atravessam a Terra, só uma partícula vai interagir com um átomo do nosso planeta. Acredita-se que eles surgiram com o Big Bang, há cerca de 15 a 20 mil milhões de anos. Por isso, o estudo dessa partícula elementar é fundamental para entender a formação do universo.
O japonês Takaaki Kajita é diretor do Instituto de Pesquisas sobre Raios Cósmicos e professor na Universidade de Tóquio. Já Arthur McDonald é professor emérito da Queen's University, no Canadá. Eles vão dividir o prêmio de US$ 963 mil.
Amanhã, será anunciado o Nobel de Química.
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