Ministros da UE se reúnem em Bruxelas para discutir medidas contra o terrorismo
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Depois dos atentados em Paris e do recente episódio em Verviers, na Bélgica, ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) se reúnem em Bruxelas nesta segunda-feira (19) para discutir novas estratégias para combater o terror. O reforço das fronteiras e o compartilhamento de dados entre as agências de segurança do bloco serão duas das principais medidas a serem debatidas.
Em Bruxelas, os chanceleres do bloco devem discutir os meios para reforçar a cooperação com a Europol e outras agências europeias de segurança. Ainda nesta segunda-feira, os chanceleres europeus devem dar início aos preparativos para a reunião do Conselho Europeu que será dedicado à luta antiterrorista, no próximo dia 12 de fevereiro.
Na última sexta-feira (16), a Comissão Europeia endossou planos de alguns governos do bloco que pretendem reter passaportes de jihadistas que desejem viajar para regiões de conflito.
Medidas para combater o terrorismo
Embora haja uma coordenação das forças de segurança dos 28 países do bloco europeu os serviços de inteligência do continente não costumam compartilhar informações. É o caso do sistema do espaço Schengen, uma base de dados conectada às polícias nacionais, mas ainda pouco utilizada.
Uma forma eficaz de combate ao terror seria a aprovação do registro europeu de dados de passageiros aéreo. Essa iniciativa permanece parada no Parlamento Europeu devido às dúvidas que gera em relação ao direito à privacidade.
Célula jihadista na Bélgica
No último final de semana, a polícia grega prendeu quatro
pessoas possivelmente relacionadas com o episódio de Verviers. Em um primeiro momento, as autoridades belgas disseram que os detidos em Atenas não estavam envolvidos na suposta célula jihadista desmantelada. Mas a Procuradoria Federal da Bélgica afirmou que poderia haver um vínculo direto e pediu a extradição de um dos detidos.
O ministro da Justiça belga, Koen Geens, declarou que o susposto líder da célula terrorista de Verviers continua com o paradeiro desconhecido. Abdelhamid Abaaoud, conhecido como Abu Omar Sussi, teria deixado a Bélgica para lutar ao lado do grupo terrorista Estado Islâmico na Síria e agora residiria na Grécia.
Exército nas ruas de Bruxelas
Desde sábado, o exército está nas ruas de Bruxelas e da Antuérpia para apoiar a polícia na vigilância de locais passíveis de serem alvos terroristas. É a primeira vez, em 35 anos, que militares belgas fazem a proteção de embaixadas, instituições europeias e internacionais – como a sede da OTAN, além de sinagogas e áreas onde se concentra a comunidade judaica. O estado de alerta contra o terrorismo na Bélgica se mantém no nível 3, em uma escala de 4.
Segundo a Europol, cerca de cinco mil cidadãos europeus, a maioria jovens, teriam recebido ou estariam dispostos a receber doutrinamento e treinamento militar para se alistar aos jihadistas da Síria e do Iraque. A Bélgica é um dos países europeus com o maior número de cidadãos que se filiaram a grupos jihadistas na Síria.
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