A psoríase é uma doença que incomoda em vários sentidos. Geralmente bastante visível, ela aparece em placas de vermelhidão e descamação em braços, cotovelos, pernas, pescoço e até no rosto. Essa visibilidade incomoda quem vê, muitas vezes gerando preconceitos e medos infundados, afetando a vida social do paciente, pois a psoríase não é uma doença contagiosa.
Para conscientizar e informar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou mais uma campanha nacional, batizada de “Psoríase: fere mais que a pele”, coordenada pelo médico Marcelo Arnone. “As causas da psoríase não são conhecidas”, explica o dermatologista. “Existe uma pré-disposição individual e geralmente a doença se manifesta na vida adulta”.
O especialista conta que o estresse é um dos fatores “desencadeante e agravante” da psoríase. “Ela pode ser controlada, como nos casos de outras doenças crônicas – diabetes, hipertensão – e não dá para curar, mas dá para controlar, através de medicação por via oral ou de uso local”.
Vida social afetada
Mas muitas vezes, a enfermidade influencia na qualidade de vida dos pacientes, que evitam sair, conhecer outras pessoas. Além disso, “elas passam a vestir roupas que cobrem muito o corpo e se retraem socialmente”, diz Arnone.
Por isso, um dos objetivos da campanha é “quebrar o estigma que existe” e também informar à população geral que “ninguém pega a psoríase ao abraçar ou dar um aperto de mão” em um paciente. E para quem sofre da doença, acrescenta o médico, “a campanha traz informações sobre como controlar a psoríase e melhorar a sua qualidade de vida”.
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