Acessar o conteúdo principal
Imprensa

Fragilidade das fronteiras francesas é destaque na imprensa

Problemas nas fronteiras francesas aparecem com destaque nos jornais de hoje (5). Um relatório obtido com exclusividade pelo jornal Le Figaro revela um grande fluxo de imigrantes ilegais que chegam da Itália oriundos da Eritriea, no leste da África. 

Capa dos jornais franceses Le Figaro, Libération e Aujourd'hui en France desta terça-feira, 5 de agosto de 2014.
Capa dos jornais franceses Le Figaro, Libération e Aujourd'hui en France desta terça-feira, 5 de agosto de 2014.
Publicidade

Esse documento confidencial da polícia francesa afirma que está em alta o fluxo de imigrantes clandestinos que chegam de barco à costa italiana. No primeiro semestre de 2013, foram 7.913. Neste ano, no mesmo período, esse número saltou para 61.591. Em primeiro lugar entre esses estrangeiros, estão cidadãos da Eritréia. Em segundo lugar, sírios.

Depois de conseguirem chegar à Itália, eles se locomovem livremente de trem pela Europa e, muitos deles, têm como destino final a França. Segundo o relatório da polícia, as autoridades francesas estão despreparadas para lidar com esse novo fenômeno de imigração. A polícia francesa admite que é preciso cooperar mais com a polícia e com os serviços de imigração italianos.

O Figaro revela ainda que muitos desses imigrantes pediram um estatuto de refugiado político, o que torna complicada qualquer tentativa de expulsão enquanto o processo não for concluído. Fiel à sua linha conservadora, o editorial na capa argumenta que a França tem que parar de agir com "ingenuidade". Para o jornal, o país não pode mais suportar o peso de ser uma "terra de asilo". "Muitos desses clandestinos não escolheram a França pela grandeza dos seus princípios", conclui o jornal.

Tráfico de drogas

O jornal Aujourd'hui en France também se interessa sobre a questão das fronteiras. O jornal fez uma grande reportagem sobre a situação do porto do Havre, no norte da França, que se tornou a principal porta de entrada de cocaína no país.

A droga é originária da América do Sul, principalmente da Bolívia, do Peru ou da Colômbia. A primeira escala antes de chegar à Europa é a Venezuela. De lá, os traficantes embarcam a cocaína em veleiros e barcos de passeio que se dirigem às Antilhas Francesas. A partir daí, a droga é transportada em navios de carga até a França.

No porto do Havre, cúmplices desse esquema liberam os contêineres com toneladas de cocaína que são distribuídas pelo mercado europeu. Em 2013, revela o jornal, 7,2 toneladas foram apreendidas pelos agentes da polícia apenas no porto do Havre.

Um dado alarmante: apenas 1% dos contêineres são inspecionados em portos de todo o mundo.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.