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Fato em Foco

Especialista comenta campanha presidencial brasileira durante a Copa

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A Copa do Mundo não parou o calendário político no Brasil e os partidos começaram a se organizar para as eleições presidenciais de outubro. As primeiras alianças foram anunciadas e alguns candidatos já deram indícios de suas plataformas eleitorais. Um especialista ouvido pela RFI comenta a campanha nesse contexto de Mundial de futebol.

Presidenta Dilma visita as instalações e participa da cerimônia de inauguração da Arena Castelão Fortaleza-CE, 16/12/2012
Presidenta Dilma visita as instalações e participa da cerimônia de inauguração da Arena Castelão Fortaleza-CE, 16/12/2012 Roberto Stuckert Filho/PR
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Mesmo se as atenções de boa parte do Brasil estão voltadas para os resultados da Seleção nos gramados, o calendário eleitoral brasileiro avança rumo às eleições de outubro. Alguns partidos, como o Democratas (DEM), já oficializaram seu apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB), enquanto o PRB confirmou sua adesão à plataforma da presidente Dilma Rousseff (PT).

Mas para o cientista político Anthony Pereira, diretor do Instituto Brasil, do King's College London, a verdadeira campanha só deve começar após a Copa do mundo. Além disso, o especialista não acredita na teoria de que os resultados do evento esportivo poderiam influenciar os eleitores. “Lembro que o Brasil ganhou a Copa em 2002, mas José Serra, sucessor de Fernando Henrique Cardoso, não ganhou a eleição. Já em 2006, a seleção brasileira saiu do Mundial nas quartas de final e, apesar disso, Lula conseguiu se reeleger. Então eu estou cético quanto a essas afirmações de que há uma relação direta entre o sucesso no campo e o sucesso do presidente durante um eleição”.

No entanto, o especialista concorda que o atual governo pode se beneficiar do bom andamento do Mundial. “A expectativa baixa antes da Copa ajudou Dilma, pois a imprensa internacional foi tão negativa que a falta de grandes problemas só favoreceu a presidente”, comenta Pereira.

Independentemente dos resultados da Copa e do desempenho do Brasil como organizador do evento, o especialista ressalta que o mundo da finanças já está acompanhando o processo eleitoral brasileiro. “Conversando com pessoas do setor financeiro em Londres, me parece claro que os investidores estrangeiros são favoráveis a uma mudança e têm mais afinidades com o PSDB e a campanha do Aécio do que a campanha da presidente”. Mas Pereira frisa que a "classe C" deve ser o fator chave do pleito. “E as preocupações dessa classe C são bem diferentes das preocupações macroeconômicas dos investidores”, finaliza.

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